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Entenda como sua marca não consegue fugir do marketplace

Por: Maria Carolina Pavan

Executiva de vendas da Infracommerce

Profissional com quase dez anos de experiência em digital commerce, consolidada atuando no varejo, plataforma de e-commerce e indústrias, principalmente na área comercial e marketing. Sua trajetória inclui posições de consultora e executiva de vendas, com foco em digitalização de vendas e D2C business.

Em palestras, eventos e reuniões com clientes, costumo sempre lembrar algo elementar: não tem como fugir do marketplace! Embora pareça óbvio para os mais antenados, algumas empresas ainda não conseguem enxergar com a devida clareza o cenário que está posto. A verdade é que se a marca não se preocupa com seu produto sendo comercializado livremente na internet, sua imagem fica cada vez mais vulnerável. Por isso, não há mais como fugir da digitalização nas vendas.

É essencial transcender a mentalidade de simplesmente vender produtos e abraçar a missão de proporcionar uma jornada completa que não apenas satisfaça, mas também surpreenda o consumidor.

Claro, investir em canais digitais e em seu próprio marketplace não o fará capaz de controlar todos seus produtos que são comercializados no mundo virtual. Uma empresa de calçados, por exemplo, não consegue controlar quais lojistas colocarão à venda seus produtos na internet. Mesmo assim, há como não ficar “vendido” nessa história toda adotando algumas estratégias e parcerias.

Se não pode vencê-los, junte-se a eles

A resposta vai ao encontro da máxima popular que diz: se não pode vencê-los, junte-se a eles. Ou seja, esteja também no marketplace, com sua própria operação e controle. Embora isso não faça com que seus produtos deixem de ser comercializados por terceiros, você acabará criando um espaço próprio que pode gerar mais confiança e atrair aqueles que procuram por sua marca. Afinal, o consumidor fiel à sua marca certamente terá preferência pelo seu canal, pois assim se sentirá mais seguro e próximo.

Ter seu próprio marketplace é o primeiro passo para entrar nesse jogo, mas só fará sentido se estiver alinhado com uma série de outros comportamentos. Por exemplo: se estamos falando sobre a importância de vender seus produtos no digital para que outros vendedores não tomem sua frente e coloquem sua marca em risco, é claro que você também deve ficar bem atento em garantir a melhor experiência para seu consumidor.

Imagine que tiro no pé seria se você, marca detentora de determinados produtos, começasse a vender esses mesmos produtos de forma menos eficaz do que lojistas terceiros? Por isso, não se esqueça jamais de colocar a experiência do cliente final na prioridade máxima de suas operações: trata-se de criar uma jornada de compra envolvente, fluida e recompensadora. Isso mantém sua autoridade como criadora dos produtos e contempla a fidelidade do cliente.

Controle de operações digitais

Para garantir que todo esse processo seja bem feito e que suas ações cumprirão os objetivos de zelar pela imagem da sua marca, tenho mais uma dica de ouro: tenha em mãos, de forma clara, todo o controle das suas operações digitais.

Desde a interface intuitiva e atraente do marketplace até as opções de pagamento seguras, a clareza das informações do produto, a eficiência no processamento de pedidos e o suporte pós-compra, tudo isso compõe a tapeçaria da experiência do cliente. Do pré-clique de seu consumidor até o pós-venda, é fundamental que você esteja perto de todas as etapas. Por mais que às vezes pareça um bom negócio fazer um mix de parcerias para as variadas etapas, uma parceria full commerce (presente em todo o processo) o fará ter mais segurança, agilidade e eficácia nas entregas.

É essencial transcender a mentalidade de simplesmente vender produtos e abraçar a missão de proporcionar uma jornada completa que não apenas satisfaça, mas também surpreenda o consumidor.