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Dicas para importar da China e revender no e-commerce

Por: Lincoln Fracari

Fundador e diretor executivo do Grupo China Link

Fundador e diretor executivo do Grupo China Link. Especialista e consultor na área de negócios com a China e Ásia, empresário, investidor, escritor e palestrante. Formado em Administração pela Universidade Paulista e especializado em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas.

Não é de hoje que o e-commerce representa uma grande fatia do mercado de vendas. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, em 2022, o e-commerce brasileiro atingiu um faturamento de R$ 262 bilhões. Isso representa um crescimento de 23,6% em relação ao ano anterior, quando o faturamento foi de R$ 212,5 bilhões.

O e-commerce representa, portanto, uma parcela significativa do comércio brasileiro. Em 2022, ele representou 13,1% do varejo restrito, que é o conjunto de lojas de bens duráveis e semiduráveis, como eletrodomésticos, móveis, roupas e calçados.

Para quem já vende no e-commerce e quer crescer ainda mais, é importante investir em marketing, melhorar a experiência do cliente, explorar novos canais de vendas e inovar.

Para quem faz parte desse setor, é de conhecimento comum que, com o ingresso de novos vendedores nas plataformas, a disputa por preços e clientes fica cada vez mais acirrada, e para sair na frente da concorrência não restam muitas alternativas a não ser a redução de preços ou a adição de benefícios junto às compras, mas ações como essas só são possíveis quando se possui uma margem maior e com mais liberdade de precificação.

Uma estratégia normalmente adotada por empresários do setor a fim de baratear os custos é a importação de produtos prontos ou matéria prima da China para a produção nacional. Isso, além de reduzir significativamente os custos, permite ao empresário a criar novos produtos, personalizar com marca própria e agregar valor aos produtos.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) em 2023, 70% dos empresários do e-commerce importam produtos da China ou de outros países para revender no Brasil. Essa porcentagem tem aumentado nos últimos anos, devido principalmente aos seguintes fatores:

– Preço: os produtos chineses são geralmente mais baratos do que os produzidos no Brasil ou em outros países.
– Diversidade: a China oferece uma grande variedade de produtos, que não são sempre encontrados no Brasil.
– Facilidade: as importações da China estão se tornando cada vez mais fáceis, graças ao desenvolvimento da tecnologia e da logística.

Os produtos chineses mais importados para o Brasil são:

– Eletrônicos, como smartphones, tablets, TVs e computadores;
– Roupas e calçados;
– Cosméticos;
– Artigos de decoração;
– Brinquedos.

Por que é tão atrativo vender no e-commerce

Vender em marketplaces é uma escolha atrativa para empreendedores de diversos tamanhos e setores devido a vários motivos. Os marketplaces reúnem um grande número de vendedores, ampliando a visibilidade dos produtos e alcançando um público mais extenso. Além disso, oferecem uma plataforma completa, simplificando operações como gestão de estoque, pagamentos e atendimento ao cliente. Isso resulta em redução de custos, com centralização de estoques e uso de serviços logísticos terceirizados.

Os marketplaces proporcionam benefícios adicionais, incluindo programas de marketing, ferramentas de análise de dados e suporte ao vendedor. Esses fatores tornam os marketplaces uma opção atrativa para empreendedores online. Por exemplo, um pequeno vendedor de roupas pode aumentar suas vendas, aproveitando a ampla audiência e os recursos da plataforma. Já um empreendedor que importa produtos pode reduzir custos centralizando estoques e usando serviços logísticos do marketplace. Mesmo aqueles que estão começando no e-commerce podem acelerar as vendas por meio dos programas de marketing oferecidos pelos marketplaces. Em resumo, os marketplaces são uma opção vantajosa para empreendedores de diversos setores e portes.

Dicas para sucesso no e-commerce e na importação

Entrar no mundo do e-commerce e da importação demanda estratégias específicas para diferentes empreendedores. Para aqueles que desejam iniciar a importação, a pesquisa de mercado é crucial. Compreender a demanda e a concorrência ajuda na escolha do produto certo e na definição de preços competitivos. Além disso, é essencial dominar as leis e regulamentações brasileiras de importação para evitar problemas com a fiscalização. A seleção de fornecedores confiáveis, com histórico de qualidade e bom atendimento, é uma etapa fundamental, assim como a elaboração de um planejamento financeiro abrangente, considerando todos os custos envolvidos, desde taxas até frete e seguro.

Para os que já estão no e-commerce e desejam ampliar seus negócios, algumas estratégias são cruciais. Investir em marketing é essencial para aumentar a visibilidade da loja e atrair novos clientes. Melhorar a experiência do cliente, oferecendo atendimento de qualidade e um processo de compra fácil e seguro, contribui para a fidelização. Além disso, a exploração de novos canais de vendas, como redes sociais e sites próprios, é recomendada para diversificar as fontes de receita. A constante inovação, adaptando-se às necessidades do cliente, é um fator-chave para se manter competitivo.

Para pequenos empreendedores

– Comece com um nicho específico para facilitar a divulgação e o atendimento.
– Automatize tarefas rotineiras para otimizar o tempo.
– Utilize ferramentas gratuitas para melhorar a operação do e-commerce.

Para empreendedores de médio porte

– Invista em tecnologia para aumentar a eficiência operacional.
– Concentre-se na gestão para garantir um crescimento sustentável.
– Expanda para novos mercados, como o internacional, para ampliar as vendas.

Para empreendedores de grande porte

– Mantenha um foco constante em inovação para se manter à frente da concorrência.
– Estabeleça parcerias estratégicas com outras empresas para oferecer uma experiência completa ao cliente.
– Explore novos canais de vendas, como lojas físicas e e-commerce, para alcançar um público mais amplo.

Lembrando sempre que essas são diretrizes gerais e que cada negócio é único, sendo essencial adaptar essas estratégias conforme as necessidades específicas de cada empreendimento.

O e-commerce é um mercado em constante crescimento no Brasil. O aumento da penetração da internet, o crescimento da classe média e a mudança de hábitos de consumo dos brasileiros são alguns dos fatores que impulsionam esse crescimento.

Os marketplaces são uma opção atraente para empreendedores de diversos portes e segmentos. Eles oferecem uma série de benefícios, como abrangência, facilidade de operação, redução de custos e programas de marketing e promoção.

Para quem já vende no e-commerce e quer crescer ainda mais, é importante investir em marketing, melhorar a experiência do cliente, explorar novos canais de vendas e inovar.