Logo E-Commerce Brasil

Competição no e-commerce: atacando com todas as armas

Outro dia escrevi um texto falando sobre estratégia de guerrilha no e-commerce. Nesse novo texto, darei certa continuidade ao tópico anterior já que, aparentemente, despertou o interesse de um número razoável de leitores do E-Commerce Brasil.

Fiz um novo apanhado de aspectos simples que, quando aplicados em sua operação, podem lhe render algum resultado positivo.

Para começar, o primeiro fator: redes sociais. Assim sendo, veja este dado que compartilho.

Algumas marcas, apesar de possuírem nomes relativamente fáceis de serem lembrados, enfrentam a ditadura e o estabelecimento enraizado de algum termo idêntico ou semelhante no mundo virtual, que acabam por praticamente invalidar a existência de seus nomes de ante dos resultados de motores de busca.

Nesse sentido, um dos trabalhos da nossa equipe tem sido criar reputação perante o Google e outros buscadores. Dado os milhares, senão milhões de menções com o termo Billy Idol referindo-se à música superfamosa “mony mony”, o nosso trabalho tem sido construir, ao longo do tempo, um novo significado para os buscadores.

Não se trata de anular o sentido existente (o que seria ilusão da nossa parte), mas ganhar espaço e autoridade perante os mesmos. A competição não está fácil, mas nossas análises e colheitas parciais acenam que estamos no caminho certo. 

Como isso pode ser feito? Além de material advindo do próprio site (daí a importância que mencionei no artigo anterior sobre o blog para com o seu e-commerce), sugere técnicas específicas no Facebook e nas outras redes sociais em que se está presente.

Postar imagens nas redes sociais com arquivos contendo o nome da sua marca é apenas uma delas. Talvez marcar o próprio usuário ao escrever posts, seja uma das coisas mais simples, porém mais eficazes que há para reverter o quadro a seu favor. Mesmo que este não seja o caso da sua marca e ela já esteja bem definida no âmbito virtual, fortalecer a sua notoriedade em face dos buscadores é sempre muito positivo.  

Supondo um post no Facebook, cito um exemplo:  “A @monymony tem uma novidade exclusiva…”

Buscadores sentem o cheiro dessa abordagem de longe e isso acaba sendo altamente benéfico. Prova disso são alguns de nossos posts estratégicos provenientes de redes sociais os quais são exibidos nos resultados de buscadores com frequência. Encaramos isso como um troféu ao esforço de toda a nossa equipe. Quais termos usamos? Específicos ao nosso segmento de atuação!

Outra técnica (nenhuma novidade para muita gente) é fortalecer os backlinks (links em outros sites que direcionam pessoas à sua página). Isso tem nos ajudado muito e ao, longo do tempo, confirmamos a importância de gerar cada vez mais parcerias, fortalecendo essa empreitada.

A dica que sempre damos aos nossos parceiros é que mencionem o nome da nossa marca em seus artigos como palavra-chave de busca. Bem verdade que, quanto aos textos em sites alheios, não nos limitamos a apenas isso, elaboramos toda a estratégia para que, no longo prazo, aquele artigo em conjunto com outros produzam o resultado que buscamos. 

Esteja ciente que artigos pagos ou publi-posts, como costumamos dizer, devem ser vistos como pequenos investimentos visando o longo prazo, já que vendas imediatas não devem ser a principal finalidade desse tipo de ação. Essa não é apenas a minha opinião, mas a de vários que operam com seus e-commerces e marcas conforme essa matéria divulgada no jornal Folha de São Paulo que endossa o que está sendo afirmado.

Para quem trabalha com o público das classes C e/ou D aí vai a dica: esteja na rede social Google Plus. Não é que você vai encontrar apenas e tão somente esse público por lá, até porque, fosse assim, não estaríamos marcando presença. Todavia, temos visto muitos e-commerces catapultando seus negócios por meio dessa rede. Esse público em questão aparenta ter se identificado bastante com esse produto do Google.

Outro detalhe sobre divulgação de e-commerce, é que sempre reparamos como os grandes players bombardeiam o mundo virtual com a sua frenética necessidade de atrair milhares de visitantes à loja online/dia. A título de comparação, ao passo que pequenos e-commerces adotam uma média de 2-3 posts por dia, os gigantes adotam 5-8 (e com qualidade, que isso fique claro).

No Facebook, especificamente, use a função de comparação de páginas semelhantes para analisar a concorrência. É uma ótima métrica para você entender o que estou falando.

De acordo com uma matéria do Globo só na última Black Friday a Netshoes teve um pico de 115 mil acessos de uma só vez. É mole? Fora que a empresa lançou recentemente um novo e-commerce de moda para concorrer com os outros gigantes desse segmento. 

Trabalhe com o Adwords de forma inteligente e em sincronia às outras estratégias. Se você pretende atrair um número maior de seguidores à sua página com esse serviço em um dado período, que a sua caixa coletora de e-mails esteja ativa e com uma imagem que você já estudou em termos de cliques/visualização, sabendo se tratar da imagem certeira.

Alguém pode não comprar nada ao acessar a sua loja por meio do Adwords, mas você tem a oportunidade de angariar e-mails desses visitantes, extraindo do clique pago uma chance de entrar em contato com a pessoa no futuro por meio das suas campanhas de e-mail marketing.

E claro, enviar um e-mail de boas- vindas a alguém que acabou de se inscrever na sua Newsletter é fundamental. Porém, saiba que enviar um e-mail focado em conversão, exige precisão. Se o visitante conferiu um produto em específico é preferível que você envie um e-mail contendo a imagem daquele produto (como relatei em um outro artigo aqui no E-Commerce Brasil). Para a minha surpresa, nesse vídeo no intervalo de tempo (20:54) o palestrante menciona essa tática que estou sugerindo.

Em algumas ocasiões, é recomendável estender o espaço de tempo entre o primeiro contato de uma potencial cliente e o recebimento de algum material publicitário via e-mail. É uma forma do indivíduo-alvo ter um novo contato com a sua marca, lembrar que ela existe, ainda que passados dias.

A pessoa pode nunca ter comprado na sua loja, mas ao receber um e-mail bem trabalhado e conciso onde é empregado o seu nome (não no assunto, mas no corpo do e-mail) existe a oportunidade de ganhar espaço (ainda que pequeno) em sua noção de marcas e memória de registro sobre lojas virtuais disponíveis no mercado. Isso porque nas campanhas de remarketing via Adwords você pode usar a melhor imagem em termos de CTR para mais uma vez lembra-la de que a loja existe em um nicho de mercado específico.  Trata-se de neuromarketing puro.

A dica final é:  não reproduzir a estratégia de gigantes ao pé da letra é fundamental, aprender com os acertos e, principalmente, com os erros, pode lhe render frutos que nenhum dividendo é capaz de prever. Boa briga!