Logo E-Commerce Brasil

E as compras coletivas, têm futuro?

Dizer que o sistema de compras coletivas é furado e fadado ao fracasso após o sucessso, é um exagero como muitos alardeiam, mas dizer que o sistema de compra coletiva está desconexo com a realidade atual de mercado, é um fato!

Antes de emitir minha opinião sobre o tema, vou primeiro vamos tentar resumir os principais tipos de reclamações que existem hoje no mercado sobre as compras coletivas:

Os comsumidores:

  • Que os lojistas não cumprem o que determina o voucher de compra;
  • Que o atendimento é péssimo para os portadores de cupons;
  • Que mostra uma coisa e entrega outra;
  • Má qualidade do serviços e produtos para os clientes das ofertas;
  • Das regras e imposições dos sites quanto a locais, limites, datas e horários para o consumo, muitas vezes em letras miúdas (sem chamar atenção);
  • Que os descontos são inventados ou não existem de fato, se forem ao local sem o cupom, podem receber o mesmo desconto;
  • Que a promoção simplesmente não existe naquela loja;
  • Ofertas com número mínimo de pedidos para que ela seja válida;
  • Chegou no local com seu cupom e estava lotado;
  • Spam demasiado com ofertas sem seleção pelo perfil.

Os Lojistas:

  • Que os sites cobram altíssimos percentuais de comissão;
  • Que impõem condições quanto ao nível de desconto (no mínimo 50%);
  • Que demoram a receber o repasse do dinheiro ou não recebem;
  • Que tem trabalho administrativo e de controle para checar as vendas e receber;
  • Que sua loja ou restaurante teve um prejuizo enorme após a experiência;
  • Que os clientes só voltam a frequentar se ele voltar fazer a oferta de compra coletiva;
  • Que é difícil contato com o site.

Os sites de Compra Coletivas:

  • Que os usuários não lêem as regras;
  • Que os lojistas não cumprem o combinado;
  • Que o lojista não entende como investimento o desconto fornecido e reclama depois;
  • Que as empresas não enxergam a compra coletiva como ferramenta de marketing, ou seja, como divulgação e canal de vendas;
  • Que é um meio mais barato do que recorrer à mídia tradicional para anunciar esses itens;
  • Que a maioria das reclamações dos usuários em Procons são relacionadas aos lojistas;
  • Que as reclamações são poucas comparado ao volume de vendas e que o sistema é o negócio que mais cresce no mercado.

Bem reclamações a parte, o sistema de Compra Coletiva realmente cresceu muito com um faturamento de R$ 1,6 bilhão no Brasil em 2011. Somente em janeiro de 2012 foi  faturado R$ 98,2 milhões com  12.624 ofertas publicadas neste único mês. Hoteis eViagens foram as categorias que registraram o maior faturamento no período com 34% da receita total, a categoria de Produtos ficou com 20% e Saúde e Beleza com 18% aparecem em segundo e terceiro lugar, respectivamente. Os  Restaurantes, representaram 31% do total das vendas, porém, com ticket médio menor.

Esses portais de Compra Coletiva conseguiram realmente criar popularidade e um grau de atratividade muito elevado, mas a minha opinião é a seguinte:

Quando foi lançado no Brasil, todos correram para criar seus sites, copiar modelos, buscar lojistas, divulgar e vender seus serviços efazer as ofertas, buscando faturamento indistintamente, a qualquer custo. E isso aconteceu! boooommm! Explosão nos dois sentidos. De um lado os usuários ávidos por uma experiência e uma oferta imperdível, de outro, os sites estruturados e os não estruturados fazendo e aceitando ofertas sem ou com poucos critérios. Planejamento?? Só alguns fizeram, o resultado disso?  Sãoas reclamações elencadas acima e um grande negócio que virou moda e escalou rapidamente.

Não sou contra o modelo de Compra Coletiva, até porque muitos consumidores conheceram e tiveram sua primeira experiência com o e-commerce (Comércio Eletrônico) através destes sites. Sou a favor de um sistema NICHADO e ESPECÍFICO para determinados segmentos; Sou a favor da redução do número de sites e ofertas; Sou a favor da redução do percentual de descontos nas ofertas; Da redução da comissão dos sites; Sou a favor de regras mais claras e destacadas para todas as partes; No aumento do critério e na avaliação do lojista para entrada de novas ofertas, se tem estoque e disponibilidade imediata, por exemplo; Sou a favor da fiscalização se a oferta está sendo cumprida a risca; Sou contra a forçação de barra para o IMPULSO da compra e … por ai vai.  (etem muito mais!)

Além disso, o modelo de crowd ou de reunião de pessoas em torno de um objetivo ainda é uma grande sacada e tem ainda muito a crescer, no caso da Compra Coletiva, deve imediatamente tentar recompor esta conexão, integração e interesses entre sites, lojistas e consumidores, com essas e muitas outras ideias e sugestões que estão a caminho para finalmente remodelar o negócio para o mercado de cupons, como já está acontecendo nos Estados Unidos.

E você o que pensa sobre o assunto? Qual a sua sugestão?

Pense Nisso!

@JoaoKepler