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Blindagem: não dê sorte para o azar!

Por: João Paulo Arraes

CFO da Bis2Bis E-commerce, empresa especializada no desenvolvimento de lojas virtuais Magento. Além disso, é especialista em AdWords, Digital Marketing e UX.

Em lojas físicas, é necessária a utilização de câmeras e dispositivos de segurança para evitar prejuízos em relação tanto ao estabelecimento quanto às mercadorias, mas, em lojas virtuais, como checar quem acessa seu espaço virtual e evitar atitudes maliciosas? As webcams não fotografam o usuário para enviar o registro ao departamento financeiro do seu e-commerce, tampouco há leitura da digital do comprador enquanto ele clica no mouse. Se não é possível enxergar quem está do outro lado, imagine saber quem está tentando acessar seus dados ou fraudar informações de clientes.

No mundo online, mais importante do que identificar quem já cometeu o crime, é evitá-lo a todo custo. Além disso, diferente de uma loja física, você precisa garantir ao seu cliente que há sistemas de segurança em seu estabelecimento. Pessoas mal-intencionadas na web não estão apenas em busca das mercadorias, mas das informações pessoais e dos dados dos cartões de crédito de seus consumidores.

Nesse panorama, proporcionar uma experiência de compra de qualidade e segura para o seu cliente não é nenhum tipo de bônus, mas uma necessidade. Além das realizações básicas que deixam um cliente de “primeira viagem” seguro com sua página, como apresentar mais de um canal de contato, fornecer o CNPJ da empresa e um endereço físico, você deve blindar seu e-commerce.

A blindagem deve ser feita a partir da contratação dos serviços de uma empresa de auditoria em segurança para web. Essas empresas podem fazer diferentes tipo de testes, assim como monitorar a resistência de seu e-commerce contra ataques virtuais. Dentre eles, destacamos os principais (que também são os mais conhecidos pelos usuários):

– Certificado Digital SSL (Secure Socket Layer): O SSL é o responsável por transformar a barra de endereços do seu e-commerce de HTTP para HTTPS e por apresentar aquela chave ou cadeado verde antes do URL. Ele deve ser utilizado nas páginas que requerem informações de seus clientes, desde o cadastro com itens importantes como o CPF até o envio de dados bancários ou de cartões de crédito. A estratégia utilizada por esse recurso é a de criptografar tudo que lhe é informado. Dessa forma, ainda que o e-commerce seja invadido, o criminoso não poderá compreender as informações armazenadas sem descriptografá-las.

– Firewall de aplicação: Esse recurso é instalado nos servidores e servem para bloquear qualquer tentativa de ataque, bom como requisições maliciosas. Os famosos XSS (Cross Site Scripting) e SQL Injection são evitados graças ao Firewall de aplicação. É segurança desde o carrinho até a conclusão da compra.

– Análise de vulnerabilidade de aplicação web: A empresa contratada para regular a segurança do seu e-commerce será responsável por auditar frequentemente seu negócio em busca de falhas ou vulnerabilidades que permitam o roubo de informações ou rastreamento de operações financeiras. Ainda que você contrate o Firewall, é essencial checar a eficácia do sistema.

– Análise de vulnerabilidade de IPs: Assim como a análise anterior, será realizada pela empresa contratada com objetivo de encontrar falhas de segurança. A mudança está no local da busca. O foco dessa análise é mais primário: ele está nos servidores, programas operacionais e infraestrutura do e-commerce. Todas as aplicações web serão testadas junto dos IPs públicos.

Mesmo que sua loja utilize métodos de pagamentos que ofereçam proteção contra fraudes é interessante contar com as certificações de segurança, a fim de transmitir ainda mais confiabilidade para seu cliente.

Por fim, deixe os selos de blindagem em uma área de fácil visualização na sua página. Afinal, seu cliente precisa estar seguro para comprar com você. Exiba seu selo na página principal e nas páginas de cadastro e fechamento de compra. Evite abandonos de carrinho e dores de cabeça. Garanta lucros!