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Vendas online mantém alta, mas categorias de giro rápido caem pela 1ª vez desde a pandemia

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

As vendas online cresceram 3,3% entre 14 e 20 de abril em relação à semana anterior, mantendo a tendência de alta no comércio eletrônico brasileiro em meio à pandemia de Covid-19, segundo a Ebit|Nielsen.

O maior faturamento ocorreu graças à alta do ticket médio entre os períodos verificados, de R$ 394 para R$ 410, e as categoria que mais se destacaram nesse período foram Telefonia&Celular (+17,6%), Moda&Acessórios (+12,1%) e Eletrônicos (+7,3%).

Entretanto, pela primeira vez desde o início da fase de restrições impostas pela pandemia em março, os itens de giro rápido (FMCG) registraram retração de 26,9%.

De acordo com Julia de Ávila, líder Ebit|Nielsen, essa queda aconteceu em função da redução do volume de pedidos de 25,4% e pelo efeito estatístico da comparação com o bom desempenho da semana anterior, puxado por maiores pedidos de itens de Páscoa.

“Desde o começo da crise da Covid-19, estamos acompanhando uma tendência de crescimento nas vendas de e-commerce. Apesar desse movimento de aumento ter se mantido, ainda não é possível determinar um padrão de comportamento do consumidor brasileiro no e-commerce”, explicou Ávila.

Alguns segmentos, como FMCG, mostram que é necessário cautela para fazer projeções. “As vendas via internet de FMCG apresentavam, até então, grande destaque, mas tivemos essa retração como um movimento natural, após os lares se abastecerem no início do mês”, afirma a especialista.

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A queda no giro rápido (FMCG), segundo a Ebit|Nielsen, foi mais acentuada nas subcategorias de Hortifrutigranjeiros (-54%), Cesta Básica (-53%) e Carnes (-43%). Por outro lado, aumentaram as vendas de produtos para Mãos e Pés (+26%), Higiene/Saúde para Bebê (+17%) e Papinha para Bebê (+10%).Neste período analisado, o prazo de entrega caiu de 18 para 16 dias corridos, mas ainda está acima dos 10 dias médios registrados antes das restrições impostas para a contenção da Covid-19.

De acordo com a Ebit|Nielsen, esse cenário de alta deve continuar devido ao anúncio de flexibilização das restrições de circulação em algumas regiões do país.

Nas próximas semanas, as vendas pré-Dia das Mães também podem incrementar a performance do comércio online. A expectativa é que as vendas de e-commerce para a data comemorativa aumentem em 40% em relação à 2019 (comparação 25/04 a 09/05/2020 vs. 27/04 a 11/05/2019).

No ano passado, o faturamento nesse período foi de R$ 2,2 bilhões, com destaque para as categorias de Moda&Acessórios e Perfumaria&Cosméticos.