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Vendas da B2W quase dobram no primeiro trimestre, mas prejuízo cresce

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

A B2W teve forte aumento das vendas no primeiro trimestre, ainda sob impulso do comércio eletrônico na esteira das medidas de isolamento social, mas seu prejuízo cresceu diante de maiores subsídios para fretes grátis.

O grupo de comércio eletrônico anunciou na quinta-feira (6) que teve prejuízo líquido de R$ 163,6 milhões no primeiro trimestre, perda maior do que os R$ 108 milhões em igual período de 2020.

A companhia, dona dos sites Submarino e Americanas.com, informou ainda que teve alta de 90,4% nas vendas brutas totais (GMV, na sigla em inglês) ano a ano, a R$ 8,68 bilhões.

B2W e Lojas Americanas

A empresa, que no mês passado anunciou proposta de combinação de negócios com a Lojas Americanas para criação da companhia a ser listada em bolsa nos Estados Unidos, reportou receita líquida de R$ 2,94 bilhões no trimestre, crescimento de 73,5% em um ano.

Por outro lado, as despesas gerais ajustadas somaram R$ 808 milhões, representando 9,3% das vendas totais, um aumento de 0,5 ponto percentual ano a ano, refletindo investimentos maiores em entrega gratuita. Só as despesas com vendas dispararam 130%.

Assim, o resultado operacional medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado somou R$ 129,4 milhões, alta de 1,4% em 12 meses.

No trimestre, o consumo de caixa foi de R$ 897,4 milhões, um aumento de 38,9% em um ano, com a companhia atribuindo essa evolução a fatores sazonais e ao aumento dos estoques.

“Para os próximos trimestres e para o ano como um todo, reforçamos nosso compromisso de seguir gerando caixa”, afirmou a B2W no relatório.

Balanço da Lojas Americanas

A Lojas Americanas registrou no primeiro trimestre de 2021 prejuízo líquido consolidado de R$ 163 milhões uma alta de 231% em relação ao mesmo período de 2020.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) somou R$ 461,5 milhões, queda de 21,5% na comparação anual.

Entre janeiro e março, o resultado financeiro líquido ficou negativo em R$ 297,7 milhões, uma piora de 5,7% na comparação com o mesmo período de 2020.

A receita líquida no intervalo avançou 29% ante o ano anterior, para R$ 5,232 bilhões.

No primeiro trimestre deste ano, a base de clientes ativos alcançou 48 milhões, um aumento de 8 milhões. Foram conectados 9,1 mil novos revendedores no marketplace (sellers), chegando a um total de 96,3 mil, com 99 milhões de itens oferecidos (alta de 212%). O número de transações realizadas nas plataformas alcançou 104 milhões entre janeiro e março, um crescimento de 37,4%.

Em comentários que acompanham seu informe de resultados, a varejista destaca a aquisição do Grupo Uni.co. “Esse foi mais um passo em direção à criação da plataforma de franquias do Universo Americanas, iniciada com o anúncio da joint-venture com a BR Distribuidora para integração das lojas Local e BR Mania. O Grupo Uni.co é líder do segmento de ‘fun design’ e detentor das marcas Imaginarium, Puket, MinD e Lovebrands, reconhecidas pelo seu apelo fashion e inovador em moda, acessórios, presentes e design”, diz o CEO da Lojas Americanas, Miguel Gutierrez, reforçando que a aquisição vai aumentar o sortimento das marcas próprias.

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Com informações do G1, via Reuters, e Broadcast Estadão