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Venda direta da indústria para o consumidor final se consolida como estratégia de negócio pós-pandemia

Por: Júlia Rondinelli

Editora-chefe da redação do E-Commerce Brasil

Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero e especialização em arte, literatura e filosofia pela PUC-RS. Atua no mercado de e-commerce desde 2018 com produção técnica de conteúdo e fomento à educação profissional do setor. Além do portal, é editora-chefe da revista E-Commerce Brasil.

Não é novidade que a pandemia provocada pela Covid-19 tenha acelerado a digitalização em empresas. Além do B2C e B2B, um dos setores que mais tem se desenvolvido é o da indústria, que vende direto para o consumidor final, o chamado D2C – Direct to consumer, com termo em inglês. Em resumo, a indústria está criando canais digitais de vendas, sem a necessidade de intermediários.

A Tatix, uma das maiores empresas de full commerce do país, tem auxiliado diversas companhias nessa revolução digital e inserção da indústria no comércio online, tendo crescido mais de 200% em 2020, e prevê tendência de mercado. De acordo com Giordano Magalhães Afonso, vice-presidente da Tatix, o FMCG (sigla do Inglês Fast-moving consumer goods ou bens de grande consumo), é o setor que mais tem buscado novas soluções digitais para suas vendas. Mas não somente.

“Linea, Lindoya e Usaflex, por exemplo, se tornaram nossos parceiros para operacionalizar os seus negócios no ambiente digital, e tem dado muito certo”, comemora ele, complementando que um dos cases de sucesso mais recente é a Softys, indústria multinacional líder nos segmentos de papel e cuidados pessoais na América Latina.

A empresa, que vende direto para o consumidor final desde 2019, procurou a Tatix Full commerce para lançar um novo produto: um serviço de assinaturas. O Softys Fácil, como é chamado o plano, é a novidade na loja virtual da Loja Softys. Segundo Leonardo Sanitá, Head Comercial E-commerce da Softys, o serviço de assinatura é um sistema de compra recorrente com venda direta para o consumidor final, que garante 10% de desconto, contribuindo para a economia doméstica, no qual o assinante pode alterar a frequência e o pedido sempre que desejar. Além de trazer benefício para o consumidor, a empresa ganha com a fidelização e a compra recorrente.

“Os produtos FMCG, sigla em inglês que significa “fast moving consumer goods”, ou algo como “produtos de giro rápido”, viram suas vendas dispararem com a chegada da pandemia. Com isso, o investimento dessas empresas no e-commerce deixou de ser uma opção e se tornou indispensável não só para aumento de participação, mas, sobretudo, para acompanhar o comportamento dos novos consumidores”, ressalta Giordano, comprovando a lógica de vendas da Softys.

O executivo complementa que muita gente pensa que produtos de grocery estão relacionados somente à bebidas e alimentação, por exemplo. Mas explica que supermercado não é só isso. “Papel higiênico, guardanapo, lenços umedecidos, entre outros itens, fazem parte de produtos que tiveram um boom de vendas com a chegada da pandemia e, por isso, lançar uma venda direta para o consumidor final desses produtos e ainda em modelo de assinatura, que é o caso da Softys, foi uma sacada perfeita para o momento, e com certeza veio para ficar”, fala Giordano.

Leonardo conta que as assinaturas em menos de 1 mês já representam 2,5% dos clientes do Site, resultado obtido de forma orgânica. “Os 15 primeiros dias de Novembro já superaram os números de outubro em 44%, apontando um crescimento bem expressivo.

O executivo conta também que o ticket médio geral até agora é de R$ 326, puxado por Novembro que na parcial já é de R$ 426, crescendo +134% sobre Outubro. “15% opta por frequência mensal e 80% bimestral”, conta ele, complementando que entre os itens mais assinados estão a linha professional, com 49%. “É liderado pelo Álcool em Espuma Elite, produto muito importante em tempos de pandemia”, conclui.