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E-commerce cresce 290% desde 2007, mostra IBGE

Por: Vivianne Vilela

Diretora de Conteúdo do E-Commerce Brasil

Vivianne Vilela atua como Diretora de Conteúdo, do E-Commerce Brasil há mais de 11 anos. É responsável pela curadoria dos eventos, dentre eles o Fórum E-Commerce Brasil (maior evento de e-commerce das Américas). Passou mais de 7 anos trabalhando em projetos nacionais para promover a inclusão, transformação e expansão no uso da tecnologia dos pequenos negócios no Brasil pelo Sebrae Nacional.

As vendas do comércio por meio da internet tiveram um aumento expressivo nos últimos anos, mas as tradicionais lojas de rua ainda são responsáveis por mais de 95% da receita do setor, mostra a Pesquisa Anual do Comércio (PAC), divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o levantamento, a receita do setor, mostra a Pesquisa Anual do Comércio (PAC), divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o levantamento, a receita bruta de vendas do varejo pela internet cresceu 290,4% entre 2007 e 2014, já descontados os efeitos da inflação. Ao longo desse período, o faturamento nessa modalidade de venda passou de R$ 7,7 bilhões para R$ 30,2 bilhões.

O comércio pela internet representa apenas 2,2% de todo faturamento do setor, mas cresce acima da média do varejo. Segundo o IBGE, a receita bruta do comércio varejista, incluindo todas as formas de comercialização, teve aumento real de 86,5%, saindo de R$ 753,3 bilhões, em 2007, para R$ 1,4 trilhão, em 2014.

A venda em locais físicos, ou seja, lojas, postos de combustíveis, boxes em mercado, depósitos, galpões, armazéns e salas ainda predomina largamente no comércio varejista, mas perdeu participação na receita bruta desse setor, entre 2007 (96,9%) e 2014 (95,9%).

Já as vendas pela internet duplicaram sua participação (de 1,0% para 2,2%, no período), enquanto as televendas cresceram quase na mesma intensidade (de 0,5% para 0,9%). As outras formas de comercialização (quiosques e traillers, correio, porta a porta, postos móveis, ambulantes etc.) perderam participação no período (de 1,6% para 1,0%).

Assim como o comércio pela internet, as televendas (via canais de televisão) também aumentaram de forma expressiva, de R$ 3,7 bilhões para R$ 12,6 bilhões de 2007 a 2014, uma alta real de 236,3%.

Atacado e varejo

Entre 2007 e 2014, o varejo aumentou sua participação na receita do comércio (de 39,8% para 43,4%). Por outro lado, comércio atacadista recuou (de 44,9% para 44,4%), assim como o comércio de veículos automotores, peças e motocicletas (de 15,4% para 12,2%).

O Brasil tinha em 2014, no total entre atacado e varejo, 1,6 milhão de empresas comerciais, que geraram R$ 3,0 trilhões de receita operacional líquida e pagaram R$ 186,3 bilhões em remunerações a 10,7 milhões de trabalhadores. O Sudeste manteve participação majoritária nas principais variáveis do comércio em 2014: receita bruta de revenda (51,1%); remunerações (55,5%) e ocupados (51,2%), além de pagar o maior salário médio (2,0 salários mínimos).

Fonte: IBGE