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Varejo online de moda cresce 48% ao transformar vendedoras em "consultoras digitais"

Por: Redação E-Commerce Brasil

Equipe de jornalismo E-Commerce Brasil

Animale, Farm, Shoulder, Valisere, Cia Marítima, Lenny Niemeyer, Ellus e muitas outras marcas de moda apostaram nas vendedoras de lojas físicas para atender clientes durante a quarentena das últimas semanas. Trabalhando de casa por conta da pandemia do Covid-19, elas continuaram se relacionando com sua carteira, ajudando as consumidoras a escolher produtos e concluir a compra no e-commerce. E mais: as vendas finalizadas online, com influência dessas ações, geram comissionamento para essas vendedoras que perderiam renda com as lojas fechadas. 

Em pesquisa realizada pela Dito CRM, foram analisadas 731 mil compras, que totalizaram cerca R$ 200 milhões. As vendas online de Moda tiveram um crescimento médio de 48% em março, na comparação com o mesmo período do
ano passado. Diferente do que se pensava, as pessoas não pararam de comprar durante a quarentena.

“A ideia inicial era de que apenas empresas de produtos essenciais, como alimentação e medicamentos, continuariam a vender. Mas os resultados das últimas semanas mostraram um mercado de moda bastante aquecido”, conta o diretor da Dito, Pedro Ivo Martins. 

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Outra tendência percebida no mercado é que, em vez de continuar impactando o consumidor só com promoções, as marcas mais maduras se preocupam em perguntar como as pessoas estão se sentindo, enviam dicas de filmes, mostram boas práticas para manter a saúde em tempos de reclusão.

“Ficou mais clara a perda de eficiência do marketing de massa, com estratégias que impactam as pessoas com mensagens genéricas. As ações segmentadas de relacionamento, centradas no consumidor ganharam muita força durante a quarentena” reforça Pedro Ivo. 

Marcas que usaram as “consultoras digitais” chegaram a manter o mesmo volume de transações que tinham quando as lojas físicas estavam abertas. A estratégia contou com a tecnologia da Dito, empresa de tecnologia especializada em CRM para Varejo. Com a Agenda Digital, as marcas distribuem listas segmentadas de clientes para as vendedoras e direcionam as mensagens que devem ser enviadas para ativar cada grupo da carteira. 

Uma das marcas que utilizam a estratégia de consultoras digitais é a Dress To. Com ações integradas entre as vendedoras das lojas físicas, a marca tem conseguido manter o relacionamento próximo com as clientes e tido bons resultados nas vendas.

“Ações de marketing direcionadas e segmentadas nos ajudam a estar mais próximos das clientes de varejo físico. A expectativa é que, assim, a gente consiga ter um resultado melhor e mais efetivo neste momento de crise”, explica Carol Leandro, Head de CRM da Dress To.