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Varejistas brasileiros aceleram aquisições para competir por dominância no e-commerce

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

Desde o início da pandemia, os varejistas mais bem sucedidos estão fazendo aquisições para aprofundar suas estratégias digitais. Magazine Luiza, Via Varejo e Lojas Renner levantaram, juntas, R$ 13 bilhões em ofertas de ações, e vêm usando os recursos principalmente para aquisições.

A Via Varejo concluiu a aquisição da fintech Celer para aumentar a oferta de produtos em seu aplicativo de crédito

Magazine Luiza e Via Varejo têm uma estratégia de aquisições que reforça todas as áreas do e-commerce e financiamento para enfrentar crescente competição de rivais como o Mercado Livre , uma das empresas latino-americanas de maior valor de mercado, Amazon e até AliExpress. Ambas construíram grandes marketplaces com dezenas de milhares de lojistas oferecendo produtos.

No mês passado, a Via Varejo concluiu a aquisição da fintech Celer para aumentar a oferta de produtos em seu aplicativo de crédito e conta digital Banqi. Desde o ano passado, comprou seis empresas e até criou um fundo de venture capital que investirá R$ 200 milhões nos próximos cinco anos em startups.

O Magazine Luiza comprou 12 empresas ano passado, das quais 9 eram empresas de tecnologia. Até agora neste ano, adquiriu 10 empresas, incluindo companhias de logística, fintechs e e-commerces especializados em nichos como beleza, alimentos e videogames.

As empresas estão reforçando seu serviço omnichannel aos consumidores, que permite flexibilidade, desde entregas rápidas a busca de produtos na loja. As lojas físicas podem ser uma arma competitiva contra as gigantes mundiais do e-commerce. O Magazine Luiza, por exemplo, abriu 23 lojas no Rio de Janeiro no mês passado e espera chegar a 50 novos pontos de venda até o fim do ano.

Mas a pandemia também teve forte impacto sobre os varejistas menos preparados. Empresas com estratégias digitais fracas e sem liquidez acabaram entrando em recuperação judicial, como a Saraiva Livreiros e a rede de eletroeletrônicos Maquina de Vendas, e analistas acreditam que a chance de saída da recuperação é baixa.

“A pandemia separou ganhadores e perdedores no varejo, e o que as empresas fizeram durante esse período vai definir seu futuro”, disse Ricardo Lacerda, presidente-executivo do banco de investimentos BR Partners, que assessorou alguns dos grandes negócios de varejo neste ano.

Com informações da Reuters, via 6 Minutos