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Toda crise é uma aceleradora de comportamento, diz Thomas Low-Beer da VTEX

Por: Redação E-Commerce Brasil

Equipe de jornalismo E-Commerce Brasil

Qual será o futuro desejado para o comércio, depois dessa pandemia? E se levarmos em conta apenas o comércio eletrônico? Thomas Low-Beer – Projects US da VTEX palestrou no segundo dia do The Future Of E-Commerce – Tech e ajudou a responder essas questões.

Para avaliar a situação atual e projetar o futuro, Thomas disse que era preciso tirar a impessoalidade para ver para onde o mercado está indo.

Futuro digital

Thomas disse que o comportamento do consumidor antes da crise, entre 2018 e o início da pandemia, já indicava nos Estados Unidos que esse era um o comportamento de mudança. Ele diz que esse foi um período de muitas lojas fechadas por lá e de crescimento das vendas. Isso pode significar, ainda, a migração para o online.

Este é um comportamento que está se perpetuando atualmente. Para Thomas, toda crise é uma aceleradora de comportamento. “Não acredito que as pessoas e as empresas vão mudar… mas o comportamento vai acelerar. O que a gente vê nos últimos dois meses é como se fossem 50 anos em 15 dias.. essa é a transformação que a gente tá passando”, afirma.

Ele ressaltou que mesmo que haja lojas abrindo, elas não abrem na mesma taxa que as empresas que encerram atividades. E as que abrem não são pequenas empresas, mas as empresas maiores que já têm uma estrutura, segundo conta Thomas.

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“O que a gente vai ver até 2025, é a aceleração do comportamento do consumidor. Isso tem muito a ver com a comodidade que isso trás pra gente. Não acredito em um cenário apocalíptico do varejo. Não acredito que a gente vai deixar de ter a loja física. O que ocorre é apenas uma concorrência desleal, por causa da comodidade que o e-commerce trás”, explica.

Comportamento e desafios

Ele afirma que o maior desafio agora é o logístico, que passará pela maior revolução de todas. E o que veremos em 2025 são os serviços de plataformas e o mercado se consolidando. Além disso, ele acredita que  mobile será a maior experiência de todas.

Perguntado se as lojas físicas serão apenas uma boutique, ele disse que não. “A loja vai ter um propósito para existir, que não serão as araras com peças da moda ou prateleiras com uma TV. Vai ser um ponto de experiência… As lojas vão estar dentro do modelo de marketplace. Cada loja, em algum lugar, vai ter uma função que talvez seja mais importante do que a venda feita para quem estiver passando na porta da loja. A experiência do consumidor vai ser definida em poucas lojas, mas o propósito da loja vai ser definido pelo canal e pela localização dela”, concluiu, Thomas.

Por Rafael Chinaglia, da Redação do E-Commerce Brasil