“Quanto mais livre o indivíduo, mais ele consome”. Esse pensamento resume a filosofia de liberdade de Sacha Juanuk, diretor omnistore da Mormaii, que participou do podcast Entre Amigos para falar sobre as tendências que estão transformando o futuro dos pagamentos. Com ele estiveram Pedro Noll, diretor de marketing na BoletoFlex, e Evandro Alves, coordenador de contas também na BoletoFlex, fintech que oferece soluções de pagamento parcelado sem cartão de crédito para e-commerces e lojas físicas.
Mas como dar maior liberdade ao consumidor? Os três profissionais debateram o papel dos meios de pagamento para isso, aproveitando a experiência de mais de 40 anos em inovação da Mormaii. Conheça as tendências que foram destaque no episódio do Entre Amigos!
3 tendências dos meios de pagamentos
Para Sacha Juanuk, diversificar os meios de pagamento, seja no e-commerce, seja na loja física, é mais que um diferencial de negócio. É uma obrigação. “As indústrias, as marcas, as empresas têm a responsabilidade de girar a economia. Se ela vai girar no cartão, no boleto, em dólar, em criptomoeda, tanto faz”, declara o diretor omnistore da Mormaii.
Então, é preciso não só romper as barreiras entre o físico e o digital, mas também ampliar as possibilidades de pagamento para o consumidor. Estas três tendências do futuro dos pagamentos tornam isso possível.
1) Pagamento parcelado sem cartão de crédito
— Liberdade é quando você, através do smartphone, dá a oportunidade de a pessoa comprar qualquer produto ou serviço. Essa liberdade tem que permear todas as frentes do seu negócio e essa é a pegada da omnicanalidade.
Nesse sentido, o pagamento parcelado sem cartão de crédito é um dos maiores aliados do consumidor. Na modalidade, conhecida como “pague agora, compre depois”, é possível parcelar compras em boleto ou Pix. De acordo com uma pesquisa da PYMNTS, 25,5% dos clientes de e-commerce que utilizam essa opção não seriam capazes de adquirir o item desejado sem ela.
Mas Juanuk lembra que essa não é uma completa novidade para o varejo. Afinal, o crediário existe há muito tempo, ganhando agora sua versão digital.
“Tudo que você apresenta no físico precisa apresentar no online. Por exemplo, no físico já tinha aquela pessoa que comprava parcelado na caderneta. Só não conseguíamos fazer isso [no digital] porque não tínhamos um software adequado [como o da BoletoFlex] que conseguisse parcelar com uma análise de crédito bem mais profunda e numa escala muito maior”, ele explica.
Pedro Noll então ressalta que o propósito da fintech de pagamento é justamente possibilitar que os brasileiros possam realizar seus sonhos. Isso é dar liberdade ao consumidor. Ao mesmo tempo, a empresa também ajuda os parceiros lojistas a vender mais e a movimentar a economia brasileira.
“A gente está vivendo um momento de inflação, então o parcelamento é fundamental para que a economia se mantenha aquecida. As empresas que derem acesso ao crédito são as empresas que serão amadas, porque são as que dão a liberdade para você comprar alguma coisa”, observa Juanuk.
2) Criptomoedas
Do crediário, velho conhecido do varejo, a conversa migrou para uma nova tendência em pagamentos. “As empresas precisam sim aceitar criptomoedas como meio de pagamento e fazer boas escolhas”.
Como exemplos de criptomoedas para o e-commerce, o diretor omnistore da Mormaii cita Bitcoin e Ethereum, duas das mais conhecidas no mercado. Só o uso do Bitcoin no varejo movimentou US$ 14,5 bilhões por dia durante períodos de baixa volatilidade em 2021, segundo uma pesquisa da CoinsPaid.
O público brasileiro também está mais aberto a pagar com criptomoedas. Mais de um terço dos entrevistados pela CoinsPaid (36.3%) revela que as usaria inclusive em pagamentos nas lojas físicas.
Além disso, Sacha Juanuk lembra que a falta da opção para pagamento em cripto pode afastar consumidores do varejo. “Teve gente que já capitalizou em cripto e essas pessoas não estão tendo onde gastar”.
3) Cashback
Esta foi a tendência mais polêmica do futuro dos pagamentos discutida no episódio do Entre Amigos.
A Mormaii adota a estratégia de retornar parte do valor de compra, mas com uma condição especial: que o consumidor não fique preso a uma só loja para aproveitar o benefício. “Eu acredito no cashback descentralizado”, declara o diretor omnistore.
De acordo com o estudo “Alavancas Promocionais no Varejo Brasileiro”, realizado pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), o cashback já é uma das iniciativas promocionais mais usadas pelo comércio no país. No e-commerce, 40% das empresas recorrem a ela, enquanto 38% das lojas físicas fazem o mesmo.
Mas aí cabe o debate de qual é a melhor forma de oferecer o reembolso ao consumidor. Para saber mais a respeito, ouça a conversa completa no episódio do Entre Amigos.