Para Leandro Soares, diretor de marketplace do Mercado Livre, o celular e as novas gerações mudaram a forma como o consumidor compra online, principalmente em agregadores de e-commerces. De acordo com ele, que apresentou o workshop “Marketplace: como gerenciar, vender melhor e não perder dinheiro” no Congresso E-Commerce Brasil Gestão, essa demanda fez as empresas do ramo repensarem as suas táticas.
“Você tem o celular e, para o celular, estratégias específicas. O que era antes SEO para marketplace, e-mail marketing para marketplace, agora é SEO para celular, e-mail marketing para o celular”, explicou Soares. “Essa é uma plataforma diferente.”
Além disso, segundo ele, pesquisas mostram que as antigas gerações preferem atendimento telefônico, enquanto os clientes nascidos a partir da década de 1980 usam sistemas online – como chat – para resolver problemas ou se comunicar com o lojista.
Ou seja, cada vez mais as empresas devem investir em plataformas digitais, de acordo com Soares. “Um aplicativo de celular, por exemplo, pode gerar push (notificações). Você consegue mandar uma mensagem para o cliente informando que o produto já saiu para entrega”, sugeriu.
Apesar disso, é importante oferecer diferentes opções para os celulares. “Não adianta forçar uma natureza, deixe o consumidor escolher entre um aplicativo os o website”, aconselhou.
Ele também falou sobre a rentabilidade que um marketplace oferece em relação às lojas próprias. “Para o vendedor, existe uma indecisão entre ir ou não para essa plataforma. Uma vez decidido, vá para vitrines adicionais, não precisa ficar só em uma”, disse.
De acordo com Soares, os pontos mais fortes das marketplaces são, entre outras, seleção infinita de produtos, diversas opções de pagamentos, financiamentos e frete grátis, investimento em tecnologia (pagamentos, logística, mobilidade) e nível de serviço uniforme e garantia de entrega ou dinheiro de volta.
Quem pretende entrar para um marketplace precisa, ainda, tomar cuidado com o gerenciamento das operações. Para o diretor do Mercado Livre, o gerenciamento integrado é o melhor caminho, até porque diminui a frequência de erros que poderiam ocorrer no modo manual.