O comércio eletrônico móvel pode ser, em 2014, a grande porta para incrementar as vendas online, sustenta a e-bit, empresa de pesquisa especializada em comércio eletrônico. O levantamento da empresa mostra que, em 2013, as vendas online via smartphones e tablets praticamente dobraram passando de 2,5%, em janeiro, para 4,8% do total arrecadado em dezembro.
Mas ainda há muito por fazer. “Atualmente, são poucas as lojas preparadas para as peculiaridades da navegação em telas de tablets e smartphones, mas, no decorrer de 2014, mais empresas devem começar a direcionar esforços para esse canal”, reforçou o diretor-executivo da e-bit, Pedro Guasti. O estudo mostra que comércio eletrônico no Brasil cresceu, nominalmente, 28% em 2013, faturando R$ 28,8 bilhões.
Ao todo, 51,3 milhões de consumidores utilizaram a internet, ao menos uma vez, para adquirir algum produto. Deste total, 9,1 milhões de brasileiros fizeram compras online pela primeira vez no ano passado. De acordo ainda com o relatório, apesar da inflação, acima do centro da meta, e do baixo crescimento econômico, o número de pedidos aumentou 32% no ano passado, chegando a 88,3 milhões.
A chamada Black Friday brasileira — evento de megapromoções do varejo online e do comércio tradicional —, movimentou R$ 770 milhões em um único dia, é uma das explicações para os resultados positivos, assim como a popularização da banda larga móvel. Isso porque, conforme o estudo, os modelos mais simples de smartphones conectaram pessoas das classes C e D, que, antes, não tinham acesso à internet.
O estudo aponta que o tíquete médio teve ligeira queda de 4,4% e ficou em R$ 327, refletindo o crescimento da participação de categorias com tíquete médio menor. “Outra queda também foi verificada na oferta de frete grátis, um dos principais motivadores das compras online. Em dezembro de 2012, as entregas gratuitas correspondiam a 58%.
Em dezembro de 2013, essa taxa caiu para 50%”, diz o diretor-executivo da e-bit, Pedro Guasti, para quem essa redução deve continuar. “As empresas estão buscando rentabilidade e entrega rápida tem custos. A conveniência tem o seu preço. Mas em compensação, o consumidor passará a ter mais opções de frete”, explica.
A categoria “Moda & Acessórios” foi a mais vendida durante o ano passado, seguida por “Cosméticos e Perfumaria/Cuidados Pessoais/Saúde”, “Eletrodomésticos”, “Livros/ Assinaturas e Revistas”, “Informática”, “Telefonia/ Celulares”, “Casa e Decoração”, “Eletrônicos”, “Esporte e Lazer” e “Brinquedos e Games”, respectivamente.
O relatório aponta para a influência de fatores como carnaval tardio, maior quantidade de feriados prolongados, Copa do Mundo e eleições no segundo semestre, no resultado do e-commerce brasileiro em 2014. A e-bit estima que, até o fim do ano, o setor deve apresentar um crescimento nominal de 20%, faturando R$ 34,6 bilhões.
Por: Convergência Digital