Logo E-Commerce Brasil

Guerra das maquininhas: Stone entra na Justiça contra Banco Safra

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

A forte concorrência entre as empresas de maquininhas para garantir maior participação no mercado de meios eletrônicos de pagamentos no país acaba de ganhar um novo capítulo na Justiça.

Segundo informações do Estadão/Broadcast, a Stone entrou com uma ação contra o Banco Safra na 2ª Vara Empresarial e Conflitos de Arbitragem de São Paulo. O motivo seria a estratégia do SafraPay, que é acusada pela fintech carioca de ter aliciado 61 vendedores em um período de seis meses.

A Stone afirma que a concorrente ofereceu aos seus vendedores pacotes de remuneração mais vantajosos para que eles violassem informações contratuais confidenciais e sigilosas de seus clientes, estratégias, preços e operações.

A empresa também apresentou à Justiça uma lista de consultores que pediram demissão e migraram para o concorrente e relatos de declarações de funcionários abordados pelo Banco Safra.

Processo em sigilo

O unicórnio brasileiro, que fechou o dia em queda de 0,45% na Nasdaq, mas conseguiu recuperar suas perdas no after-market da Bolsa americana — quando ocorre negociações após o término do pregão —, fechando o dia em US$ 42,01, solicita que o processo judicial seja mantido em sigilo, a proibição de abordagem de seus funcionários, do uso de informações sensíveis e o fim do uso de links patrocinados que associavam sua marca à do Safra em uma campanha que estaria estimulando boatos sobre sua imagem e solidez financeira.

Os pedidos não foram acatados integralmente pelo juiz Luís Felipe Bedendi, que não concedeu segredo de Justiça e entendeu que o Safra não estaria violando nenhuma lei ao utilizar links patrocinados envolvendo a marca Stone.

Em seu despacho, o juiz determinou que o banco pare de abordar os empregados da concorrente e também proibiu o uso de informações sensíveis da concorrência. O mérito da ação ainda será julgado, sem prazo previsto.

Em nota enviada ao InfoMoney, a Stone afirmou não comentar processos em andamento. O Banco Safra foi procurado, mas não se pronunciou até o momento desta publicação.

Leia também: ‘Guerra das maquininhas’ balança setor de pagamentos, mas lojista precisa ter cautela

Com informações do InfoMoney