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No Brasil, social commerce deve crescer 44,9% em 2022, chegando a US$ 2.218,6 mi

Por: Giuliano Gonçalves

Jornalista e editor do portal E-Commerce Brasil, possui formação em Produção Multimídia pelo SENAC e especialização em técnicas de SEO. Sua missão é espalhar conteúdos inspiradores.

Segundo estudo, a indústria do social commerce no Brasil deverá crescer de forma constante nos próximos anos. Entre 2022 e 2028, a CAGR (Compound Annual Growth Rate, ou taxa de crescimento anual composto) será de 39,7%. Além disso, o levantamento aponta que o GMV do social commerce no país passará de US$ 2.218,6 milhões em 2022 para US$ 15.901,7 milhões em 2028.

Tela de celular com ícones de aplicativos de redes sociais

Para a pesquisadora, o Brasil deverá atingir uma taxa de penetração de compradores sociais de quase 40%, que é a mais alta entre todos os países da América Latina.

O social commerce ganhou ampla popularidade entre os consumidores em todo o mundo, inclusive em países da América Latina, como o Brasil. Por conta disso, a pesquisa afirma que a compra de produtos por meio de plataformas de mídia social, como Facebook e Instagram, crescerá mais rapidamente do que outros canais tradicionais nos próximos seis a oito trimestres.

Por trás do aumento do social commerce no Brasil

Ainda de acordo com a pesquisa, mais da metade dos consumidores brasileiros fizeram uma compra de social commerce entre os últimos quatro e seis trimestres. Entre os motivos para tal comportamento, destaque para a crescente taxa de penetração de internet e smartphones entre os consumidores. Além disso, a mudança para os canais digitais também resultou em um aumento da taxa de penetração do comprador de redes sociais no Brasil. Para a pesquisadora, o Brasil deverá atingir uma taxa de penetração de compradores sociais de quase 40%, que é a mais alta entre todos os países da América Latina.

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Para os compradores brasileiros de social commerce, os recursos que os ajudam a descobrir e avaliar as compras em potencial desempenham um papel muito mais importante em comparação com preços e descontos. Portanto, é imprescindível que as plataformas de social commerce enfatizem sua interface de usuário para tornar as compras mais convenientes.

Influenciadores e o social commerce no Brasil

No Brasil, influenciadores são outro fator que impulsiona a ascensão do social commerce. Afinal, em agosto de 2021, quase 26,5% dos consumidores compraram em transmissões ao vivo na plataforma. Vale destacar que mais de 60% dos consumidores fizeram compras por meio dessas plataformas sem sair dos aplicativos.

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Como a credibilidade dos influenciadores atingiu mais de 75% no Brasil, o estudo entende que esses profissionais continuem impulsionando as vendas entre os próximos quatro e oito trimestres. Portanto, o uso de influenciadores no Brasil apoiará o crescimento da indústria geral de social commerce a partir de uma perspectiva de curto a médio prazo.

Parceria de apps de vídeos curtos com varejistas para live commerce

Esse crescimento do social commerce no Brasil atraiu uma nova forma de marketing: vídeos curtos. Por conta disso, será cada vez mais comum a parceria estratégia desses apps com varejistas a fim de explorar o social commerce. Prova disso é a empresa chinesa Kuaishou, que opera o Kwai. Segundo a pesquisadora, a empresa da China está experimentando a opção de compras ao vivo no país.

Entre os testes, a empresa lançou o serviço de compras ao vivo em parceria com a Casas Bahia e a AmazFit, linha de pulseira fitness da Xiaomi. Hoje, tais eventos de compras ao vivo estão disponíveis apenas para compradores selecionados no Brasil. Neles, as pessoas podem comprar no aplicativo enquanto assistem à transmissão ao vivo. Por consequência, o app Kwai testemunhou uma média de 26 milhões de usuários ativos mensais durante o primeiro trimestre de 2021.

O social commerce também rendeu bons frutos à plataforma Facily, voltada para consumidores de baixa renda. Entre o primeiro trimestre de 2021 e o terceiro trimestre de 2021, a empresa registrou um crescimento de 43 vezes no volume de vendas. Em média, a plataforma processou mais de 400 mil pedidos por dia e facilitou mais de 7 milhões de entregas por mês. Desde a sua criação, o app foi baixado mais de 17,5 milhões de vezes, ficando entre os três principais aplicativos baixados no país.

Por Giuliano Gonçalves, da redação do E-Commerce Brasil