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Principais setores do e-commerce registram queda após boom na pandemia

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

Pesquisa da Corebiz, agência especialista em negócios digitais, realizada com diversas marcas que têm operações no e-commerce, comparou números do mês de agosto de 2021 com o mês de julho, e com o mês de agosto de 2020. O levantamento mostra que setores importantes do e-commerce registraram queda após o boom de crescimento desde o início da pandemia.

Alimentos

O setor de alimentação teve queda de 23% comparado com o mesmo período de 2020. Já quando comparado com o mês anterior, ou seja, julho de 2021, a pesquisa levantou que o segmento caiu 2%.

A Corebiz destaca que o segmento passou por um aumento na taxa de conversão com o início e agravamento da pandemia de Covid-19 no Brasil. Essa taxa vem caindo desde então, mas ainda se mantém num patamar superior ao de 2019. No mês de agosto, detectou-se grande aumento da taxa de conversão, com números próximos aos valores de março e abril de 2020, mas o resultado em receita não acompanhou esse crescimento por conta de uma queda no tráfego.

Casa e construção

Este setor registrou queda de 4% comparado com julho de 2021, mas, quando comparado com o mesmo período do ano anterior, obteve crescimento de 14%. No ano passado, o segmento de construção também aumentou sua taxa de conversão, trazendo notável crescimento de receita, segundo a pesquisa. O segmento de construção continua crescendo em receita após o período de alta do e-commerce em 2020, diferentemente de outros, não só com uma boa taxa de conversão, mas com vendas de valor mais alto.

Moda

Moda teve queda de 11% quando comparada com julho de 2021. Na comparação com agosto do ano passado, caiu 18%. Em 2021, o segmento vem obtendo resultados insatisfatórios em relação a 2020, ficando, em alguns meses, abaixo até da receita realizada em 2019. Nos últimos meses, percebeu-se redução no tráfego, sem queda na receita, o que significa que o setor está ganhando um pouco mais de estabilidade, segundo o levantamento.

Cosméticos

O segmento de cosméticos teve uma queda de 1% em relação ao mês anterior deste mesmo ano. Já quando comparado com agosto de 2020, o segmento cresceu 21%. O varejo de cosméticos segue uma curva de resultados muito parecida com a de anos anteriores. De acordo com a Corebiz, o último trimestre do ano é de notável importância para o segmento, por conta da Black Friday em novembro e das festas de final de ano, em dezembro, mês de maior receita nos dois últimos anos.

Tecnologia

O segmento tecnológico cresceu 7% na comparação com o mês anterior, mas caiu 8%, considerando-se agosto de 2020. É um setor que sentiu bastante as consequências da pandemia da Covid-19, já que a cadeia de suprimento das lojas foi afetada. A taxa de conversão está muito abaixo do que era anteriormente, mas se nota que o valor médio do pedido, muito ligado ao preço no setor, está maior do que em 2019, destacou a companhia.