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Covid-19: funcionários em licença reclamam de RH automatizado da Amazon

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

Depois de enfrentar problemas de atrasos nas entregas e absenteísmo em massa durante as primeiras semanas da pandemia, a Amazon tem outro problema: um departamento de recursos humanos mal preparado para atender às milhares de solicitações recebidas de funcionários doentes e daqueles que precisam ficar em casa para cuidar dos filhos ou parentes idosos.

Não está claro quantos funcionários estão no limbo, mas uma reportagem da Bloomberg conversou com seis deles que trabalham em unidades de Nova Jersey a Indiana.

Eles dizem que esperam pagamentos pelo tempo em licença médica ou em quarentena, que foram escalados para turnos quando estavam doentes ou tiveram a licença negada, apesar de fornecer documentação das condições que os tornam elegíveis para ficar em casa sem remuneração, segundo a Amazon.

Crise sem precedentes na Amazon

Muitas empresas enfrentariam obstáculos em meio a esta emergência sem precedentes, dificultada pela resposta ineficaz do governo federal a uma pandemia que infectou mais de 1,8 milhão de pessoas e matou mais de 100 mil nos EUA.

Ao mesmo tempo, governos estaduais enfrentam uma enxurrada de pedidos de seguro-desemprego.

Mas o modelo do departamento de RH da Amazon reflete os pontos fortes e fracos da cultura da empresa. É altamente automatizado, o que ajuda a Amazon a crescer rapidamente e reduzir custos. Porém, atualmente, os funcionários se veem em becos sem saída com chatbots e aplicativos para smartphones.

“Estes são tempos sem precedentes, e estamos trabalhando rapidamente para apoiar nossos funcionários, parceiros e fornecer serviços críticos às comunidades carentes”, disse Lisa Levandowski, porta-voz da Amazon, por e-mail.

“Criamos 175 mil empregos em toda a América, aumentamos os salários, ajustamos as opções de folga, apenas para citar alguns exemplos, para apoiar centenas de milhares de funcionários que trabalham em nossas unidades. Como todas as empresas, estamos nos adaptando rapidamente para apoiar nossas equipes.”

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As informações são do Money Times