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Relatório mostra que e-commerce europeu cresceu 13% em 2021

Por: Giuliano Gonçalves

Jornalista do portal E-Commerce Brasil, possui formação em Produção Multimídia pelo SENAC e especialização em técnicas de SEO. Sua missão é espalhar conteúdos inspiradores.

As empresas E-commerce Europe e EuroCommerce apresentaram um relatório mostrando que o e-commerce europeu cresceu 13% no ano passado (foi para 718 bilhões de euros). O documento revela ainda que a taxa de crescimento se manteve estável, embora um pouco maior em relação a 2020.

Imagem de uma miniatura de carrinho de supermercado com duas caixas de papelão dentro

Segundo relatório, consumidores europeus estão mais cautelosos em relação aos seus gastos. Entre os motivos, os efeitos da guerra na Ucrânia têm grande influência.

Além disso, o volume transações B2C em 2021 mostram que o e-commerce na Europa continua em ascensão, apesar do fim dos confinamentos e da capacidade dos consumidores de visitarem novamente lojas físicas.

Tendências no e-commerce europeu

O documento identificou duas tendências para o e-commerce. De um lado, em relação à normalização e à estabilização das vendas em comparação com o excecional ano anterior. Afinal, o e-commerce europeu continuou crescendo em 2021, e espera-se que o faça também, em 2022.

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Por outro lado, o relatório mostra que os consumidores estão mais cautelosos nos seus gastos. Neste caso, os motivos são: os efeitos da guerra na Ucrânia; a inflação; o problema das cadeias de abastecimento globais e a sensação geral de incerteza, que trazem os números de volta aos níveis pré-pandêmicos.

Ainda assim, o fato de as vendas do e-commerce sofrerem leve declínio mostra que o mercado se tornou indispensável e muito resiliente. Além disso, a indústria dos serviços online, como turismo, eventos e venda de passagens, percebeu uma recuperação constante ao longo do ano passado.

Lojistas omnichannel

Segundo Luca Cassetti, secretário-geral do Ecommerce Europe, os varejistas adquiriram uma grande experiência na digitalização. “Esta aceleração foi significativamente impulsionada pela pandemia, onde o e-commerce e o varejo desempenharam um papel essencial”.

Para ele, infelizmente em 2022 a Europa se tornou um cenário de um grande conflito. “Embora ainda seja difícil de avaliar, a guerra na Ucrânia trará consequências importantes na economia europeia. E o mesmo se dará nos mercados do comércio eletrônico”.

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Cassetti completa que muitos lojistas europeus já relataram quedas no poder de compra e na confiança dos consumidores. “Isso se dá principalmente pelos elevados preços da energia, inflação e incerteza quanto ao futuro”. O secretário afirma já ter apelado aos Estados-membros da União Europeia e aos legisladores para apoiarem a economia e os cidadãos europeus nestes tempos difíceis.

Apoio às PMEs europeias

Christel Delberghe, CEO do EuroCommerce, afirma que o setor varejista na Europa está passando por uma transformação significativa para se tornar mais digital, mais sustentável e para atrair novos talentos. “Estimamos que as empresas precisarão duplicar o seu investimento até 2030 para conseguir esta transformação”, diz.

Mais do que vendas, Delberghe aponta que a presença digital se tornou uma questão de sobrevivência para muitas empresas. “O apoio à digitalização das PMEs exigirá esforço dedicado, aconselhamento técnico e sensibilização para as várias ferramentas que facilitam a presença no e-commerce europeu”.

Segundo ele, a implementação e aplicação da Agenda Digital da União Europeia será acompanhada de perto. “Temos de assegurar que a Europa proporcione um ambiente propício à inovação, permitindo ao mesmo tempo uma concorrência leal”, finaliza.

Fonte: Grande Consumo

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