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Reino Unido planeja regular financeiras “compre agora, pague depois”

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

O Reino Unido planeja fazer com que as financeiras que trabalham no modelo de “compre agora, pague depois” (BNPL, na sigla em inglês) realizem verificações de capacidade de pagamento dos clientes, obtenham aprovação da Autoridade de Conduta Financeira (FCA) e garantam que os anúncios publicitários de suas ofertas sejam justos e claros, disse o governo na segunda-feira (20).

As empresas BNPL, que não são regulamentadas, normalmente oferecem empréstimos de curto prazo sem juros para parcelamento do preço de produtos e, segundo o governo, aumentaram rapidamente em popularidade.

O governo britânico disse que publicará uma consulta sobre a legislação para o setor até o final deste ano e, em seguida, vai regulamentar o texto com regras específicas até meados de 2023.

Martin Lewis, fundador do grupo de campanha para consumidores MoneySavingExpert.com, disse que o progresso para garantir verificações adequadas tem sido “dolorosamente lento”.

“Compre agora, pague depois é muitas vezes insidiosamente comercializado como uma opção de pagamento simples… Não é. É uma dívida”, disse Lewis.

A FCA disse em fevereiro às operadoras BNPL Clearpay, Klarna, Laybuy e Openpay para alterarem seus contratos após identificar possíveis danos aos clientes. O órgão teve que usar a lei de direitos do consumidor do Reino Unido.

As empresas BNPL cobram dos varejistas online uma taxa por cada transação.

O cofundador da Laybuy, Gary Rohloff, disse que a empresa sempre favoreceu regras proporcionais que refletem o baixo risco da modalidade e que apoia a abordagem do governo.

O Reino Unido disse na semana passada que irá atualizar sua lei de crédito ao consumidor de décadas para simplificar as regras e cortar custos, com uma consulta pública prevista para o final do ano.

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Fonte: Reuters, via Money Times