Logo E-Commerce Brasil

Redes sociais: como fica o novo social selling para o e-commerce

Por: Giuliano Gonçalves

Jornalista do portal E-Commerce Brasil, possui formação em Produção Multimídia pelo SENAC e especialização em técnicas de SEO. Sua missão é espalhar conteúdos inspiradores.

Para Simone Sancho, Diretora de Digital e Tecnologia do Grupo Uni.co (dono das empresas Puket e Imaginarium, as redes sociais são como um organismo vivo: tudo muda o tempo todo, incluindo seus algoritmos. “Queria muito ter uma resposta pronta sobre o que fazer nessa era em que as redes se modificam o tempo todo, mas aí teria uma resposta de US$ 1 milhão”, brincou a executiva durante o Congresso de Santa Catarina, realizado pelo E-Commerce Brasil.

Leia também: 1 em cada 3 usuários do TikTok comprou algo que não estava considerando

Entre os insights apresentados no evento, Sancho destacou que a única regra válida ser trabalhada nas redes sociais é ser ágil e acompanhar o comportamento humano o tempo todo. “É preciso entender o tempo todo o que está acontecendo. Hoje eu aprendo mais sobre internet com os jovens do que com as pessoas mais velhas. O TikTok, por exemplo, prioriza a criação de conteúdo e dá voz pra todo mundo. Eu consigo conquistar audiência de forma rápida nele, e é com os jovens que aprenderei a como fazer isso”, disse

Outro ponto muito bem lembrado por Sancho foi sobre o tamanho do espaço que as redes sociais ocupam em nosso dia a dia e como elas mudaram de dinâmica do dia para a noite. “O TikTok quase não existia antes da pandemia, e hoje é uma das redes sociais mais importantes. Afinal, o Instagram dá acesso, mas não necessariamente você se torna um grande criador de conteúdo do dia para a noite como acontece no TikTok”. Para ela, isso faz parte até da organização do algoritmo, que valoriza os criadores de conteúdo de forma diferente — neste caso, não é quem tem mais reputação que é destacado.

Entretenimento: a chave do jogo!

Outra lembrança que Sancho trouxe para o evento foi em relação à transformação das redes sociais no início da pandemia. “Dormimos analógicos e acordamos digitalizados”, com uma verdadeira febre de lives acontecendo simultaneamente”. No entanto, o mercado entendeu que a questão das redes sociais não está apenas no interagir o tempo todo, e sim ter uma linha de conteúdo e entretenimento que faça sentido ao que esteja propondo. Como uma forma de mostrar essa realidade, a executiva falou sobre uma live realizada pelo grupo em Belo Horizonte (MG), com duração de 10 horas. “O diferencial da live, além do tempo, foi a possibilidade de interação com o conteúdo. Afinal, as pessoas não entram em uma live para ver o catálogo, mas sim para passar o tempo, e isso precisa ser entendido pelo mercado”.

Como lidar com o social nessa nova era?

Como já mencionado por Sancho, atuar nas redes sociais hoje em dia não é apenas sobre entender a como se relacionar. Afinal, esse universo está regendo a forma como criamos os conteúdos. “Nativa digital ou não, as empresas precisam entender que a digitalização e a socialização estão acima de tudo. Ou seja, hoje eu seu que um usuário do TikTok quer consumir mais conteúdos, enquanto Instagram também quer conteúdos, mas está aberto a também comprar”.

Leia também: Desafios do B2B: a indústria que chegou no e-commerce na pandemia

Ela também lembrou da volatilidade das redes sociais, exemplificando o feed de notícias do Instagram, que funcionou até um certo ponto: “O algoritmo mudou e com isso todo o jogo das redes também. Hoje os vídeos são a bola da vez, mas não dá pra saber até quando. Ou seja, não tem mais opção. Eu preciso entender e me adaptar. Minha dica é: não repliquem coisas sem entender. É melhor não estar presente em uma rede social do que estar nela só por estar”, recomendou.

Por Giuliano Gonçalves, da redação do E-Commerce Brasil