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Receita do setor de produtos eletrônicos recua 8% no ano

Por: Alice Wakai

Jornalista, atuou como repórter no interior de São Paulo, redatora na Wirecard, editora do Portal E-Commerce Brasil e copywriter na HostGator. Atualmente é Analista de Marketing Sênior na B2W Marketplace.

A indústria de produtos eletroeletrônicos encerrou o ano com faturamento de R$ 131,2 bilhões, o que representa um recuo de 8%, em termos nominais, em relação ao ano passado. Os dados foram divulgado ontem pela Abinee, que representa as companhias do setor no Brasil. Descontada a inflação, a retração foi de 11%. Para 2017, a expectativa é de um crescimento nominal de 1%.

Outros indicadores também mostram queda. A estimativa é que a produção vá fechar o ano com queda de 10% na comparação com 2015, enquanto os investimentos terão uma retração de 25%, passando de R$ 3,2 bilhões no ano passado para R$ 2,4 bilhões em 2016.

Segundo o presidente-executivo da Abinee, Humberto Barbato, o ano foi de dificuldades e a reação do mercado que se esperava após o desenlace político que resultou no impeachment da presidente Dilma Rousseff não veio na velocidade esperada. “Em setembro, percebemos que nossas perspectivas eram muito otimistas. Houve uma certa frustração de expectativas”, afirmou Barbato. O cenário difícil se refletiu no número de empregados do setor, que caiu de 248,1 mil no ano passado para 234 mil neste ano.

Uma das principais preocupações da indústria de eletroeletrônicos brasileira é buscar alternativas depois de a OMC (Organização Mundial do Comércio) condenar a política industrial brasileira e exigir que sejam abandonadas práticas de incentivos fiscais e a redução do IPI. “Em conversas com especialistas e advogados, prepondera a indicação de que podemos ter outros mecanismos [de incentivo à indústria]”, disse Anderson Jorge Filho, diretor-executivo da Abinee. A entidade está conversando com o governo para saber quais são esses mecanismos e quando eles poderão ser implementados, afirmou o executivo.

Fonte: Valor Econômico