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Rappi abre processo contra iFood por práticas anticompetitivas

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

A Rappi está entrando com um processo no Conselho de Administração de Defesa Econômica (Cade) contra o iFood, sob acusação de que este toma medidas ativas para impedir concorrentes de ganharem mercado.

O processo por enquanto corre em sigilo e deve ser tornado público em breve pelo Cade. Segundo reportagem da Exame, para a Rappi, a penetração de mercado do iFood permite que a empresa crie entraves para seus concorrentes no Brasil. A empresa espere que o processo torne o ambiente mais competitivo no país.

De acordo com uma fonte que tem conhecimento do processo, o foco da ação são os contratos de exclusividade firmados pelo iFood com diversos restaurantes, que têm taxas de rescisão altas ou tempos delongados de permanência. Esses contratos impedem que esses restaurantes ofereçam entregas em plataformas concorrentes. Para o iFood, sendo o líder desse mercado, haveria uma vantagem natural em manter os principais estabelecimentos em sua plataforma.

Ainda segunda fontes ouvidas pela revista, o fechamento de contratos de exclusividade é comum no mercado e não é necessariamente um ilícito — isso é algo que terá de ser avaliado pelo próprio Cade. Mas eles tenderiam a favorecer a empresa que tem maior fatia, já que conta com a maior base de clientes e poder de barganha para fechar com os principais estabelecimentos. Isso criaria, então, um círculo vicioso que torna a competição mais cara e mais difícil para as concorrentes.

As duas empresas não se pronunciaram sobre o assunto.

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Fonte: Exame