A empresa de comércio eletrônico japonesa Rakuten disse na sexta-feira (12) que venderia uma participação de 8,32% para a gigante dos serviços postais e bancários Japan Post, aprofundando uma parceria de logística em face da concorrência de rivais como a Amazon.
A Rakuten, que afundou em um prejuízo operacional em 2020, está sob pressão em várias frentes enquanto enfrenta a Amazon no comércio eletrônico e enfrenta as ricas empresas de telecomunicações do Japão com sua própria rede móvel.
“A Rakuten é o melhor parceiro para nós, pois possui tecnologia digital avançada”, disse o presidente-executivo do Japan Post Holdings, Hiroya Masuda, em entrevista coletiva.
Acionista da Rakuten
O negócio de sexta-feira torna a Japan Post o maior acionista da Rakuten fora da família fundadora Mikitani, e é parte de uma venda de ações de 242 bilhões de ienes (US$ 2,2 bilhões) para empresas como Tencent e Walmart.
Uma antiga empresa de serviços públicos que foi posteriormente privatizada, a Japan Post Holdings está presente em quase todas as ruas principais japonesas, com sua unidade postal tendo cerca de 24 mil agências dos correios em todo o país.
“À medida que os gigantes da tecnologia crescem em poder, estamos combinando nossa força”, disse o presidente-executivo da Rakuten, Hiroshi Mikitani.
Este mês, a operadora de aplicativos de chat Line fundiu-se com a empresa de internet da SoftBank, Yahoo Japan, em um acordo anunciado pela primeira vez em 2019.
As ações da Rakuten e do Japan Post subiram nas negociações da tarde em Tóquio, depois que a Reuters e outros meios de comunicação informaram a união.
A Image Frame Investment, unidade da gigante chinesa de tecnologia Tencent, terá 3,65% da Rakuten por meio de colocação de terceiros, com o Walmart também comprando ações.
No ano passado, a Rakuten adquiriu uma participação de 20% na unidade de supermercados japonesa do Walmart. É parceira da unidade Seiyu desde 2018.
($ 1 = 109,0900 ienes)
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Fonte: Reuters