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Qwant competirá com o Google com busca sem rastreamento

Por: Alice Wakai

Jornalista, atuou como repórter no interior de São Paulo, redatora na Wirecard, editora do Portal E-Commerce Brasil e copywriter na HostGator. Atualmente é Analista de Marketing Sênior na B2W Marketplace.

Desenvolvido na França, buscador Qwant diz não monitorar navegação dos usuários

O mercado das buscas é dominado pelo Google no Ocidente, enquanto o destaque no Oriente é o chinês Baidu. Mesmo assim, o motor de busca francês Qwant quer convencer os internautas com a proposta de não rastrear a navegação deles na rede. Presente em todos os países da Europa, o motor de busca estreou uma versão adaptada ao mercado brasileiro durante a Campus Party.

“Não somos uma empresa de propaganda, mas um mecanismo de busca. Por isso, não rastreamos. Nossa preocupação é em entregar os melhores resultados ao usuário”, disse Eric Leandri, diretor-executivo do Qwant, em entrevista ao UOL Tecnologia.

Fundado em 2013, o sistema de busca diz não usar cookies (pequenos arquivos gravados no computador para identificar o internauta) para rastrear as pegadas digitais dos usuários. Outro diferencial comparado ao Google é que eles exibem resultados de redes sociais (Twitter, Facebook e Google+) durante a busca.

Na Europa, o buscador tem a vantagem do sentimento anti-Google que vigora no continente. A empresa foi alvo de críticas por uma série de polêmicas, como a dos carros do Google Street View que coletavam informações de redes Wi-Fi. Mas e no Brasil?

“É simples: os brasileiros não querem ser monitorados pelos Estados Unidos nem pela China”, afirmou Leandri, referindo-se aos países-sede dos principais buscadores.

A companhia trabalha junto com o governo francês. Uma das últimas novidades da empresa é o Qwant Junior, uma versão do buscador da empresa para crianças, que bloqueia conteúdo pornográfico e violência. De acordo com a companhia, o Ministério da Educação da França vai testá-lo antes de implementar nas escolas públicas do país.

Como não monitora os usuários, o diretor-executivo da companhia disse que não tem o número de visitantes únicos do serviço. No entanto, informou que em 2013 houve 507 milhões de buscas, enquanto 2014 fechou com 1,6 bilhão. A maior parte do tráfego, diz, vem da França e da Alemanha.

Fonte: UOL