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Quase 70% das empreendedoras utilizam a internet como canal de vendas

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

As redes sociais, aplicativos e internet são mais utilizados pelas mulheres empreendedoras como canais de venda do que pelos homens donos de negócios. Segundo pesquisa do Sebrae, realizada em parceria com a FGV, 69% das empresárias já vendiam ou passaram a vender online, com o auxílio desses canais, a partir da crise causada pela pandemia do coronavírus.

Entre os empresários, esse percentual é de 63%. Entretanto, quando se trata de uso de ferramentas digitais mais complexas para gestão do negócio, o percentual de homens é bem maior do que de mulheres, com destaque para utilização de recursos para automação de processos, por exemplo. Enquanto 68% deles já utilizam esse tipo de ferramenta, entre elas o percentual é de 32%.

Os dados apresentados fazem parte da 6ª edição da Pesquisa de Impacto da Pandemia nos Pequenos Negócios, que é realizada desde a chegada da pandemia ao país. O levantamento realizado na última semana de julho colheu informações de 6.506 donos e donas de micro e pequenas empresas de todos os estados e do Distrito Federal.

O levantamento também revelou que as empresárias se mostram mais pessimistas do que os empresários sobre o retorno dos clientes. Enquanto 73% delas acreditam que menos da metade da clientela irá voltar a frequentar os estabelecimentos, 68% deles possuem a mesma opinião.

Internet + loja física

De acordo com a pesquisa, a maior parte dos pequenos negócios está instalada em loja ou sala de rua. Mas, quando se observa o percentual de empreendedores que trabalham em casa, é expressiva a diferença entre homens e mulheres, sendo 35% para elas e 27% para eles.

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Confira outras informações da pesquisa:

  • A maioria dos empreendedores está em processo de reabertura, com ligeira vantagem para as mulheres (55%) em relação aos homens (51%).
  • A maioria dos empresários (81%), de ambos os gêneros, acusou diminuição do faturamento mensal na pandemia — com as mulheres sendo um pouco mais penalizadas. Em relação a uma semana normal de trabalho, as perdas para elas foram de 59% e, para eles, de 57%.
  • Mais da metade dos empresários de ambos os gêneros entrevistados eram MEI, com predominância das mulheres (62% delas contra 53% dos homens).
  • Há um percentual de mulheres jovens empreendendo maior do que o de homens, mas é na faixa etária entre 36 e 55 anos que estão concentrados os empresários de ambos os sexos (60% deles).
  • As mulheres são mais escolarizadas do que os homens: 49% delas têm nível superior completo ou pós-graduação contra 40% dos homens com esses mesmos níveis de escolaridade.
  • Mais da metade dos empresários não conseguiu empréstimo. Apenas 22% das empreendedoras e 20% dos empreendedores tiveram êxito na obtenção de crédito.
  • Empreendedores masculinos e femininos acreditam que a situação econômica do país voltará ao normal em 12 meses.

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As informações são da Pequenas Empresas & Grandes Negócios