Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) reduziram, pela terceira vez seguida, a projeção de inflação para este ano, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 7,25% para 7,23%. Para 2017, a projeção foi mantida em 5,07%. As estimativas são da pesquisa Focus, elaborada pelo BC com base em projeções de instituições financeiras para os principais indicadores da economia.
Mesmo com a queda, a estimativa para a inflação em 2016 estoura o teto da meta, de 6,5%, ao contrário do que a projeção para o próximo ano (6%). Em 2017, porém, ela deve ultrapassar o centro, de 4,5%.
O principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação é a taxa básica de juros, usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic). Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Por outro lado, quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação. Quando mantém a taxa, o Copom considera que ajustes anteriores foram suficientes para alcançar o objetivo de controlar a inflação.
Desde julho de 2015, os juros básicos estão em 14,25% ao ano, no maior nível desde outubro de 2006. As instituições financeiras mantiveram a projeção para a Selic em 13,75%, ao final deste ano, e em 11%, no fim de 2017.
A projeção de queda do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, se manteve em 3,14%, em 2016. Para o próximo ano, a expectativa de crescimento também não sofreu correção: 1,30%.
Fonte: Agência Brasil