Embora não apresente queda nas vendas como as lojas físicas, o comércio eletrônico também sente os efeitos de uma demanda mais fraca. Após apresentar alta de 0,69% em junho, os preços no varejo virtual recuaram 0,55% no mês passado, segundo o índice e-Flation.
O indicador é desenvolvido pelo Provar (Programa de Administração do Varejo), da FIA (Fundação Instituto de Administração), em parceria com a Felisoni Consultores Associados e com a Íconna Monitoramento de Preços no E-commerce.
Segundo Claudio Felisoni de Angelo, presidente do conselho do Provar/FIA, a manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 11% ao ano, após um ciclo de elevações, está começando a surtir efeito nos preços e na demanda. “Isso tem impacto nos bens duráveis, que representam 52% do índice e-Flation”, afirma.
Ele destaca que as vendas virtuais representam hoje de 5% a 6% do total do varejo. Devido a essa participação ainda pequena, o setor mantém um crescimento três vezes superior ao registrado pelas lojas físicas.
Com a deflação de julho, o índice de preços da internet desacelerou de uma alta de 3,39% para 2,74% no acumulado de 12 meses. No período, a inflação oficial, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), ficou em 6,5%.
Produtos em queda
Em um ano, a categoria de telefonia e celular registra a maior queda: 18,84%. Eletrônicos (-5,30%) e livros (-8,32%) também ficaram mais baratos. Por outro lado, o setor de informática acumula alta de 13% em 12 meses.
Gisele Paula, diretora de Relacionamento B2B do Reclame Aqui, afirma que o consumidor deve ficar atento às promoções realizadas na internet. “É muito comum as lojas virtuais aumentarem os preços para depois realizarem promoções”, afirma a executiva.
Além de pesquisar e acompanhar os preços dos produtos desejados, o consumidor deve verificar a reputação do site e as regras da promoção. “A empresa deve cumprir o que prometeu na oferta. Caso contrário, estará praticando propaganda enganosa”, afirma Gisele de Paula.
Por: Metro