Em uma recente pesquisa global divulgada pela Worldpay, denominada “Why Do They Pay That Way” (Por que eles pagam desta maneira), que entrevistou cerca de 20.000 consumidores, descobriu-se que o poder de compra internacional da era da Internet está altamente concentrado em um grupo que gasta valores bem altos, nomeados como Super-Shoppers. Apesar de representar apenas 8% da população em geral, estes consumidores foram responsáveis por 92% de todos os gastos mensais em bens físicos comprados via Internet.
O estudo, que foi realizado com 2.000 consumidores em cada um dos 10 países analisados, incluindo o Brasil, revelou ainda que os Super-Shoppersnão estão apenas concentrados nos mercados de comércio eletrônico em desenvolvimento, mas também nos mais estabilizados. O Brasil ficou no topo na categoria de viciados em compras eletrônicas, já que 25% da população de usuários de Internet se enquadraram na categoria Super-Shoppers, seguido pelos Estados Unidos (18%) e México (15%). No entanto, nenhum dos outros países analisados conseguiu superar o poder de compra dos chineses. Apesar de representarem 5% da população geral, este pequeno grupo de consumidores foi responsável por incríveis 87% da receita de compras on-line estimada naquele país.
O Brasil apareceu ainda como líder na compra de eletrônicos. Cerca de 47% dos pesquisados disseram ter comprado esse tipo de produto pela última vez online e a média global é de 29%. Além disso, os Super-Shoppers brasileiros foram os terceiros maiores usuários a realizar compras pelo celular no mundo (18,5%), atrás da China e da Austrália. O poder de compra desse grupo, dos quais 34% fazem parte da geração “Y”, é explicado pela frequência e valor de seus hábitos de compras.
Comentando os resultados e o fenômeno supershoppers, Tim Denison, diretor de inteligência de varejo da IPSOS afirma: “Este estudo é a mais recente evidência que confirma o surgimento dos Super-Shoppers. Esta elite de consumidores está presente tanto em países de economia emergente como naqueles mais estáveis e se supera, graças à expansão da classe média, do crescimento do consumo e de adeptos de novas tecnologias, junto com a tendência progressiva para a urbanização das sociedades. Eles estão preparados para fazer compras à partir de qualquer dispositivo que lhes ofereçam mais conveniência – seja pelo computador, laptop, tablet ou smartphone. Por estarem super conectados e serem adeptos das compras virtuais, eles não são limitados por tempo e podem satisfazer seus desejos de compra a qualquer hora e de qualquer lugar. Super-Shoppers não são sinônimo de ‘super ricos’, no entanto, eles são apaixonados pelo que compram, tendo tempo disponível para pesquisar os melhores produtos e o preços mais acessíveis, desfrutando tanto do processo, como do próprio produto comprado”.
A pesquisa da Worldpay nas preferências de compras dos Super-Shoppers também descobriu que o comportamento desse grupo entre os países foi notavelmente consistente. Globalmente, 52% dos Super-Shoppers preferiu usar seu cartão de crédito para pagar, representando 10% a mais do que a média global de 42%. Eles esmagadoramente preferem esta modalidade, mesmo em mercados onde o uso do cartão de crédito seja baixo.
O comportamento de compra desse perfil de consumidor é notavelmente consistente em todos os mercados se destacando como um fenômeno muito interessante para os varejistas on-line. O estudo sugere que estes varejistas fiquem de olho nos Super-Shoppers como um grupo distinto, que muitas vezes comporta-se de maneira muito diferente do resto de seus clientes. Por exemplo, a alta utilização de cartões de crédito nos mercados em que esta modalidade tem pouca ou nenhuma penetração entre a população em geral. Isto significa que um varejista que não suporta uma boa gama de métodos de pagamento pode realmente estar perdendo rendimentos sem perceber”, destaca Juan D’Antiochia, General Manager da Worldpay na América Latina.
“Em outros lugares o fenômeno Super-Shopper dá aos varejistas muito o que pensar – em termos de como atingir estes consumidores para maximizar o ticket médio ou atingir um público que pensa nas compras on-line diariamente, não apenas como um deleite ocasional. Com tanto poder de compra concentrado neste grupo se torna essencial que os varejistas inovem de tal maneira que eles consigam entregar o que os Super-Shoppers necessitam, no momento correto e oferecendo diversas opções de pagamento. ”, concluiu o executivo.