Pequenas empresas respondem por 96% das falências decretadas em 2018
O número de falências de pequenas empresas decretadas em 2018 cresceu e alcançou a marca de 96,5%. Os grandes negócios foram responsáveis por 0,2% das falências, enquanto as companhias de médio porte terminaram o ano em 3,2%. Os dados foram divulgados pela Boa Vista nesta sexta-feira (11).
Para efeito de comparação, segundo o levantamento, 93% das empresas que tiveram falência decretada em 2017 eram pequenas.
A falência não significa, necessariamente, que a companhia encerrou as suas atividades – recentemente, esse recurso tem sido usado como forma de pressionar devedores a pagarem seus credores.
Os pequenos empreendedores também foram responsáveis por 91,4% dos pedidos de falência, uma queda de pouco menos de dois pontos percentuais em relação ao ano anterior.
Já na divisão por setor da economia, serviços foi o que representou o maior percentual nos pedidos de falência (41,7%), seguidos do setor industrial (31,9%) e do comércio (26,4%).
Com relação à variação dos pedidos de falência, a indústria foi o setor que mais reduziu no ano de 2018, com queda de 34% ante 2017. Mantida base de comparação, o comércio e setor de serviços diminuíram seus pedidos de falência em 21% e 20% respectivamente.
Dados gerais
De acordo com o levantamento da Boa Vista, considerando todos os portes e setores econômicos, os pedidos de falência caíram 16% em 2018 na comparação com o ano anterior. Mantida a base de comparação, as falências decretadas registraram alta de 9,6% e os pedidos de recuperação judicial subiram 7,9%. As recuperações judiciais deferidas apontaram avanço de 5,8%.
Na comparação mensal os pedidos de falência caíram 29,7% em dezembro, assim como as falências decretadas (-19,0%) e recuperações judiciais deferidas (-2,2%). No sentido contrário, os pedidos de recuperação judicial cresceram 8,9%.
O resultado de 2018 representa o segundo ano consecutivo de queda nos pedidos de falência. Para a Boa Vista, esse movimento está atrelado à melhora nas condições econômicas desde 2017, que permitiu as empresas apresentarem sinais mais sólidos nos indicadores de solvência.