Os pagamentos invisíveis no e-commerce já são uma realidade e fazem parte do cotidiano dos consumidores sem que eles nem ao menos percebam. Isso porque, segundo Ralf Germer, CEO e Co-fundador da Pag Brasil, são os pagamentos realizados de maneira imperceptível e sem fricção.
Executivo palestrou durante o evento The Future of E-commerce edição Payments 2021, realizado hoje de maneira online e gratuita. Germer defendo que os pagamentos invisíveis no e-commerce são “o futuro das transações imperceptíveis” e estão mais próximos da realidade do que imaginamos.
“O que são pagamentos invisíveis? São aqueles em que não há fricção, praticamente imperceptíveis e sem que o usuário faça qualquer coisa”, ele explica. Para Germer, os “pagamentos invisíveis significam menos barreiras e menos barreiros significam vender mais”.
Para ele, o universo digital já oferece uma série de vantagens e facilidades para quem usa cartões de crédito, mas existe um grande potencial para melhoria e fluidez nos processos de pagamento.
Os exemplos dos segmentos digitais que já usam os pagamentos deste tipo se destacam principalmente pela recorrência, como os serviços de assinatura ou streaming. No e-commerce, eles se caracterizam por um checkout facilitado, ou seja, quando o usuário não precisa passar por um processo de cadastro de informações ou de pagamento.
Germer explica que muitas plataformas e aplicativos hoje usam a criptografia para salvar as informações de pagamento adicionadas pelos consumidores, de maneira que ao escolher o produto o cliente só precisa clicar em “comprar” sem preencher nenhuma informação. De acordo com o executivo, essas plataformas e aplicativos têm um acréscimo substancial no número de vendas.
Isso porque um dos principais gargalos hoje na finalização das compras é o momento do pagamento, responsável pela maior incidência de abandono de carrinho.
Pagamentos invisíveis além do e-commerce
Outros segmentos além do e-commerce começaram a aproveitar o conceito do pagamento invisível, conectando o digital ao físico. Um exemplo dado pelo palestrante foi a rapidez com que os brasileiros adotaram os sistemas de pagamento automático de pedágios, como o Sem Parar ou o Conect Car.
Com a pandemia, no entanto, estes sistemas se viram diante da necessidade de inovação e passaram a oferecer a facilidade de pagamento para postos de gasolina e drive thru de lanchonetes, garantindo a sobrevivência da empresa e a satisfação do consumidor com a experiência.
“Os pagamentos invisíveis permitem que o negócio cresce em qualquer segmento”, explica o executivo.
Como garantir que o pagamento invisível seja efetivo?
“O que faz o pagamento ser realmente invisível e sem fricção?”, questiona Germer. Para responder esta pergunta, ele defende a importância da análise da jornada do consumidor.
Como o pagamento é um dos momentos de maior fricção e abandono do carrinho, ele defende reduzir o estresse: “conseguindo evitar o estresse do consumidor neste passo, conseguiremos vender automaticamente mais”.
Mas e em lojas físicas? Nem sempre é possível tornar o pagamento invisível, mas é possível remover o estresse e simplificar o processo de compra com os seguintes passos:
- Redução dos passos do checkout (torná-lo automatizado);
- Tokenização (dados do cartão de crédito são guardados de forma criptografada e não precisam ser adicionados a cada compra novamente);
- Confiança, pois se o cliente sabe que não terá problemas nesta etapa, ele volta a comprar com a loja;
- Pix, que é novo e fluido para uma experiência mais interessante para o consumidor;
- Carteiras digitais, que oferecem não só os dados do cartão como o endereço de entrega, de forma que a loja não precisa pedir nenhum dado na hora da compra;
- Pagamentos recorrentes (assinaturas, streaming);
- Boleto bancário continua sendo a segunda forma de pagamento mais escolhida no mercado brasileiro.
“Mesmo com o pix no mercado, o boleto continuará por muitos anos sendo muito relevante”, diz o executivo.
Leia também: Método de pagamento reflete no aumento do faturamento e na taxa de conversão.
Por Júlia Rondinelli, da redação do E-Commerce Brasil.