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Pagamento interno: sistema garante melhor experiência ao consumidor

Por: Lucas Kina

Jornalista e repórter do E-Commerce Brasil

É um erro estratégico para os comerciantes enviar clientes para um provedor de pagamento terceirizado logo no final de sua jornada de compra. Em vez disso, é aconselhável que os mesmos apostem em ecossistemas próprias, com pagamentos internos e que mantenham o cliente dentro do site.

O insight acima motivou a criação da Limepay cerca de dois anos atrás. A empresa de plataforma de pagamentos começou no espaço de comércio eletrônico, ajudando os comerciantes a criar suas próprias soluções de pagamentos de marca, incluindo desde pagamentos completos até o sistema Compre Agora, Pague Depois (BNPL – Buy Now, Pay Later).

“Então, com o tempo, meio que analisamos e pensamos: ‘Ei, na verdade, pagar em parcelas deve viver em um ecossistema mais amplo do que apenas o comércio eletrônico de varejo’”, afirma Willie Pang, CEO da Limepay. Em 20 de abril, a empresa lançou um novo sistema de pagamento digital B2B chamado Limepay Stack, que simplifica os pagamentos corporativos e oferece uma variedade de opções de pagamento, incluindo BNPL.

De acordo com Pang, o BNPL ajudará as empresas a suavizarem as dificuldades de capital de giro no espaço B2B. A Limepay faz parceria com bancos, com os bancos fazendo os empréstimos, enquanto a Limepay fornece crédito como serviço que permite que as empresas aceitem pagamentos.

Pagamento alternativo

“As empresas precisam pensar em como agregam todos os métodos alternativos de pagamento. Na Austrália, o Open Banking e as transferências de banco para banco serão uma grande oportunidade. As transferências de conta para conta, sabemos, devem crescer para uma porcentagem muito significativa nos próximos seis, 12 meses ou 18 meses”, diz o CEO.

A Limepay também descobriu que as empresas de médio porte tendem a trabalhar com oito ou nove provedores de serviços de pagamento (PSPs). Reunir todos eles cria muito atrito operacional, tanto no online quanto offline.

“Ao juntar todas essas coisas, quando falamos de uma redução mínima de 20% no custo, está no próprio custo de processamento bruto, mas também no custo operacional de operar oito ou nove relacionamentos diferentes para poder oferecer um variedade de pagamento para um cliente”, acrescenta.

A empresa pretende tornar sua própria tecnologia o mais low-code possível para os clientes que desejam conectá-la e colocá-la em funcionamento em 10 ou 15 minutos, permitindo uma personalização corporativa muito profunda para grandes clientes. A ideia é proporcionar flexibilidade e capacidade.

Aceitação e regulação do BNPL

Pang acredita que o Limepay viu que os consumidores em todos os países do mundo estão preocupados com o impacto da inflação. “No contexto do pagamento parcelado como forma de suavizar o fluxo de caixa, achamos que isso realmente impulsionará uma segunda aceleração da aceitação”.

Para consumidores sofisticados que sabem administrar o dinheiro, o pagamento parcelado é uma ferramenta poderosa para suavizar o fluxo de caixa e aplicar o capital de uma forma que ajudará suas vidas, conforme explica Pang. Mas, se o uso do BNPL continuar a acelerar, o executivo crê que também haverá mais regulamentação.

“Em muitos países ao redor do mundo, incluindo Austrália e Estados Unidos, a auto-regulação da indústria tem sido eficaz no controle de dívidas incobráveis. À medida que começa a aumentar e mais pessoas estão usando o pagamento em prestações como forma de financiar bens domésticos diários, acho que cria algum risco e os governos vão intervir. Isso vai ser um desafio para esta parte do setor”, conclui.

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Fonte: PYMNTS