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Os bancos e a era da consolidação dos meios digitais

Por: Alice Wakai

Jornalista, atuou como repórter no interior de São Paulo, redatora na Wirecard, editora do Portal E-Commerce Brasil e copywriter na HostGator. Atualmente é Analista de Marketing Sênior na B2W Marketplace.

Nos últimos anos temos verificado um avanço considerável no emprego de meios digitais para efetivar transações bancárias. As instituições financeiras estão entre os agentes que mais investem em tecnologia e infraestrutura tecnológica, que são, atualmente, os grandes catalisadores do desenvolvimento deste setor no Brasil.

Os clientes, ávidos por gerenciar seus ativos em seu próprio tempo e de forma simplificada, aderem cada vez mais aos recursos tecnológicos oferecidos pelo mercado. Os bancos, por sua vez, valem-se das novas tecnologias para ampliar e melhorar seu atendimento.

Ao observar os avanços do setor financeiro ao longo dos últimos anos verifica-se o surgimento de uma era de consolidação dos meios digitais. Segundo dados da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN), mais da metade das transações bancárias no Brasil em 2014 foram realizadas via internet e mobile banking.

A falta de confiança de parte da população nos meios de pagamento móveis ainda é um desafio, mas a ampliação do uso dos canais digitais é resultado de um investimento maciço da indústria para garantir um ambiente seguro e oferecer interfaces cada vez mais amigáveis, melhorando a experiência dos clientes, ao mesmo tempo em que reflete o momento atual vivido pelo Brasil, no qual a melhoria do acesso à internet e a alta penetração dos smartphones possibilitam que os usuários tenham a infraestrutura adequada para utilizar esses meios.

Nesse contexto, cada vez mais as instituições financeiras tradicionais têm aderido ao modelo digital, em que as agências bancárias ganham um papel mais consultivo e se tornam cada vez menos um local para efetivação de transações financeiras. Já existem, inclusive, os chamados “bancos 100% digitais”, como o Banco Original e o Banco Neon, que não possuem agências físicas.

O banco digital é algo que vai além do conceito de internet banking já adotado pelos bancos tradicionais. A ideia é criar modelos de negócios que apresentem soluções diferentes, práticas e inovadoras aos clientes, sempre que esses precisem interagir com a instituição, sem abrir mão das atividades tipicamente bancárias, como o gerenciamento de conta corrente, investimentos e ativos. Para o caso de saques em dinheiro, os bancos digitais trabalham em parceria com a Rede 24 Horas, que possui caixas eletrônicos espalhados em diversas localidades.

Para não perder espaço para esse novo modelo de instituição financeira, os bancos tradicionais também têm investido na ampliação das contas digitais, em que a comunicação é feita de forma remota, majoritariamente por meio de chats e mensagens. Para esse tipo de conta não há um gerente fixo em agência, e sim pessoas que atendem de forma virtual e que podem estar em qualquer lugar. É o caso das plataformas Digitaú e DigiConta Bradesco, por exemplo.

Além da concorrência com as demais instituições financeiras, nos últimos tempos os bancos vêm enfrentando também a competição das chamadas fintechs, empresas de tecnologia que oferecem serviços financeiros diferenciados e simplificados utilizando quase que exclusivamente meios digitais.  As fintechs possuem estrutura mais enxuta (o que reduz os custos dos serviços), fazem amplo uso da tecnologia e têm o alcance ilimitado da internet. Por isso vêm atraindo cada vez mais clientes e investidores, a exemplo do Nubank, que explodiu no último ano.

Diante desse cenário, o principal desafio para os bancos será encontrar maneiras de se diferenciar. E as fintechs, que a princípio seriam vistas como concorrentes, podem vir a gerar boas parcerias, melhorando a eficiência das instituições financeiras e trazendo inovações.

É aguardar para ver como o mercado se comportará: focando na sinergia entre as entidades tradicionais e as startups de tecnologia ou fomentando a concorrência. De qualquer forma, a tendência da digitalização é irreversível. E o consumidor só tem a ganhar.

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Conteúdo desenvolvido pela equipe Fialdini Advogados

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