Não há como negar que a consolidação da omnicanalidade veio junto e tão forte quanto a transformação digital. O consumidor está mais exigente e o mercado está tentando atender as exigências de todos os lados. Durante a 38ª feira da Abrin, feita em parceria com a Associação Brasileira de Fabricantes de Brinquedos, Carol Sampaio, diretora de unidade de negócios na Infrashop,apresentou a palestra: “Omnicanal: como e por quê o e-commerce pode trazer resultados para a sua loja física”. Sampaio mostrou a mudança no comportamento do consumidor e como a omnicanalidade pode ser a chave para a evolução do e-commerce.
Segundo ela, hoje mais de 60% dos consumidores já declaram que transitam entre o varejo online e o físico. “Esse relacionamento em múltiplas frentes pode trazer benefícios tanto para o e-commerce, quanto para a loja física”. Ela ainda completa dizendo que com a chegada do coronavírus, 40% das pessoas passaram a consumir digitalmente, seja por redes sociais ou chats, o que trouxe um impacto muito positivo. “Vimos uma aceleração de cinco anos, acontecer em um”.
Se voltarmos para 2011, o comércio eletrônico saiu dos R$ 18,7 bilhões em vendas para R$ 87,4 bilhões dez anos depois, segundo o relatório Webshoppers 43 da Ebit | Nielsen. O levantamento ainda mostra que só em 2021, 13,4 milhões de novos consumidores entraram no online. Para Sampaio, o cliente está cada vez mais exigente e suas necessidades estão em constante transformação. “Esse consumidor valoriza muito a conveniência, a necessidade de se aproximar, oferecer níveis de excelência. Cada vez mais ele tem opções na ofertas de preço, na entrega. Só comercializar produto e preço não é mais o suficiente.”
Para corroborar essa informação, um estudo feito pela Linx em 2021, mostra que as vendas omnicanal na Black Friday do último ano, cresceram em diversas formas. Confira na imagem abaixo.
Boa gestão traz bons resultados
Também durante a feira da Abrin, Guilherme Minuzzi, coordenador de parcerias Bling ERP, falou sobre “Como fazer a gestão das suas vendas online e potencializar resultados”. Segundo ele, só vender online não garante bom desempenho.
Para ele, o empreendedor precisa ter organização e estratégia para aproveitar os canais de venda online, além de contar com ferramentas que apoiem o crescimento da empresa. ”Fuja das estatísticas que afirmam que 6 em cada 10 empresas fecham seus negócios nos próximos 5 anos de operação [IBGE] e potencialize suas vendas com uma gestão eficiente voltada ao comércio eletrônico”.
Minuzzi prevê que para 2022 o crescimento das vendas em geral no e-commerce seja de 5%, mas mesmo sendo mais contido do que nos últimos dois anos, “o aumento das vendas vai ser melhor do que a retomada da economia do País”. O especialista ainda completa dizendo que o grande diferencial no e-commerce para este ano será o bom atendimento. “É preciso atender bem para vender mais, investir em boas imagens, boas descrições, mas também em pontos de contato para tirar as dúvidas do consumidor.”
Ele finaliza dizendo que o Brasil ocupa a segunda posição no ranking dos países com maior crescimento previsto no e-commerce em 2022. “Ou seja, não é uma mudança que aconteceu, ela ainda está acontecendo e vai acontecer.” completa Minuzzi.
Por Paola Cecchi, da redação E-Commerce Brasil