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Plataforma de e-commerce Nuvemshop capta R$ 500 milhões de investidores

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

A plataforma aberta de comércio eletrônico Nuvemshop anunciou na segunda-feira (22) que recebeu um investimento de R$ 500 milhões para financiar seu projeto de expansão pela América Latina e fortalecer sua base de lojistas.

A rodada, liderada pelo fundos Accel Partners, ThornTree Capital Kaszek, Qualcomm Ventures, além do investidor Kevin Efrusy, acontece apenas cinco meses após uma captação anterior, de US$ 30 milhões.

A companhia não citou em quanto foi avaliada com a nova captação, mas afirma que o negócio a torna um dos próximos unicórnios do país, jargão do mercado usado para startups com valor de mercado de US$ 1 bilhão.

Criada em 2010, a Nuvemshop tem hoje uma rede de cerca de 75 mil lojistas distribuídos por Brasil, Argentina e México. Com o novo aporte, planeja expandir ainda neste ano para Colômbia, Chile e Peru.

Diferente de gigantes como Amazon e Mercado Livre, que montaram estruturas próprias de logística e de finanças, e têm cada vez mais investido em conteúdo e serviços próprios, a Nuvemshop usa um sistema que permite que os lojistas escolham seus próprios parceiros para entregas e pagamentos.

“E operamos como uma white label, para que os lojistas reforcem suas próprias marcas”, disse à Reuters Santiago Sosa, presidente e cofundador da Nuvemshop. “O marketplace faz os vendedores se sentirem uma commodity.”

Embora tenha seu próprio braço de pagamentos, o Nuvem Pago, que deve ser reforçado agora com o aporte, Sosa diz que o serviço é apenas uma opção para clientes que buscam taxas menores do que as cobradas por rivais para antecipar recebíveis.

Captação de lojistas da Nuvemshop

Com os novos recursos, a Nuvemshop também pretende acelerar a captação de lojistas e surfar a onda do comércio digital no Brasil, que segundo especialistas, deve durar muitos anos.

De acordo com números do setor, o comércio eletrônico representou cerca de 10% das vendas no varejo brasileiro em 2020, o dobro do ano anterior, impulsionado pelo isolamento social para conter a pandemia da Covid-19. Mas a perspectiva de especialistas é de que essa evolução prossiga nos próximos anos, até atingir nível similar ao da China, onde chegou a 50% das vendas.

“Esperamos crescer mais de 20 vezes nos próximos 5 anos”, disse Sosa, prevendo para este ano que a Nuvemshop registre R$ 7 bilhões em vendas de clientes na América Latina, o dobro do registrado em 2020, que cresceu 280% sobre 2019.

De forma mais imediata, o plano da empresa envolve ampliar o quadro de funcionários, hoje em 400, para 2 mil até 2023. Com os recursos de uma outra captação mais adiante, prevê também desenvolver uma estrutura logística própria, enquanto se prepara para listar ações nos Estados Unidos.

“Mas temos muitas coisas para resolver primeiro”, afirmou.

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Fonte: Money Times, via Reuters