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Número de usuários de Snapchat cresce no Brasil, de acordo com Kantar TNS

Por: Alice Wakai

Jornalista, atuou como repórter no interior de São Paulo, redatora na Wirecard, editora do Portal E-Commerce Brasil e copywriter na HostGator. Atualmente é Analista de Marketing Sênior na B2W Marketplace.

A popularidade do Instagram e do Snapchat aumentou muito nos últimos dois anos, com os usuários de internet buscando mais conteúdos reais, pessoais e “de bastidores”. Segundo um novo estudo global do Connected Life, da Kantar TNS, realizado com 70 mil usuários de internet em 57 países e dentre os quais 1.022 no Brasil, 38% dos internautas da América Latina usam o Snapchat, número que mais que triplicou desde 2014, quando o estudo registrava 12%.

O desejo de compartilhar fotos, ideias e momentos também contribuíram para elevar a presença de internautas no Instagram – são 62% usuários do aplicativo atualmente na América Latina, enquanto em 2014 esse número era de 36%.

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Fonte: Connected Life 2016, Kantar TNS

No recorte brasileiro da pesquisa Connected Life, o uso dessas plataformas é ainda maior do que a média global. Em 2015, 55% dos brasileiros entrevistados usavam o Instagram e 23% estavam no Snapchat, números que saltaram em 2016 para 75% e 57%, respectivamente. De acordo com a análise da Kantar TNS, o Brasil é um país muito social e com grande penetração de smartphones. Esses dois fatores, quando combinados, levam a um alto percentual de uso de mídias e aplicativos.

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Fonte: Connected Life 2016, Kantar TNS

O crescimento do uso dessas plataformas ilustra o ciclo de adoção de novas tecnologias, que sempre se inicia pelos “early adopters”, os pioneiros do uso, que acabam influenciando outros públicos a aderirem às novidades. “Existe uma oportunidade real para as marcas aproveitarem essa tendência ao criar conteúdo compartilhável e “personalizável”, ao entender que as mídias sociais estão cada vez ganhando espaço na vida das pessoas”, afirma Rupak Patitunda, gerente de pesquisa da Kantar TNS Brasil.

Ainda segundo Rupak, o desafio, porém, acaba sendo engajar o consumidor por meio de conteúdos relevantes, direcionados para o público certo nas plataformas e momentos adequados. 30% dos entrevistados disseram sentir que seus comportamentos online estavam sendo rastreados pelas marcas, então é preciso tratar ações do tipo com cuidado. Por isso, a adequação entre o meio, a mensagem e a relevância é o segredo para superar a inadequação das ações das marcas nas novas mídias.

De acordo com o estudo, os influenciadores e celebridades ajudam a mudar a percepção das pessoas sobre as marcas. Duas em cada quatro pessoas da faixa etária dos 16 aos 24 anos (40%) dizem que confiam mais no que as pessoas dizem online sobre uma marca do que em fontes “oficiais”, como jornais, sites das marcas ou anúncios de TV.

Não é só para os jovens

Ainda que as gerações mais novas sejam a maior parcela de usuários de mídias sociais em todas as plataformas, uma faixa etária mais velha tem ganhado espaço: um em cada cinco usuários de internet entre os 55 e 65 anos estão usando o Instagram, um salto de 47% em relação a 2015. O apelo do compartilhamento de “fotos em tempo real” também tem aumentado nessa faixa etária, com 9% dos usuários entre 55 e 65 anos sendo usuários do Snapchat, mais do que os 3% de 2015. No Brasil, 57% dos usuários de internet dessa faixa etária também usam o Instagram e 37% também conhecem e usam o Snapchat.

Sendo assim, ainda que a rede de influenciadores das gerações mais velhas ainda seja majoritariamente feita de amigos e familiares, é importante considerar a adoção de tendências por parte dessa faixa etária, já que eles podem em breve também passar a buscar na web inspirações e informações.