Logo E-Commerce Brasil

Novos modelos logísticos dão eficiência às vendas automotivas online

Por: Redação E-Commerce Brasil

Equipe de jornalismo E-Commerce Brasil

Consumidores de autopeças têm o hábito de pesquisar 23% a mais do que os clientes de outros segmentos. A informação é da consultora comercial da categoria Automotivo da Via Marketplace, Patricia Pietrolongo, que apresentou no Congresso Auto E-Commerce Show 2021 algumas das tendências de logística relacionadas ao e-commerce automotivo.

Segundo ela, a expansão do mercado virtual de autopeças e serviços tem sido acompanhada de uma série de desafios, mas também de oportunidades, na hora de fazer o produto chegar às mãos do consumidor. Entre as novidades estão a pick-up store e o delivery store.

Menos custo de envio, mais compra por impulso

A modalidade pick-up store, por exemplo, que completa o processo de click & collect, no qual o cliente efetua a escolha e o pagamento na internet, mas vai à loja para retirar o produto, já é muito utilizada pelos comerciantes que têm estoque próprio.

“Mais de 70% dos consumidores brasileiros preferem fazer a compra online e cerca de 60% pedem para retirar na loja. Se o serviço for oferecido corretamente, economiza nos custos – a retirada na loja geralmente é gratuita e rápida. Mas, dentro dela, o cliente pode ainda comprar outros itens por impulso”, afirmou Patricia.

As delivery stores também são tendência de mercado, sobretudo com um cenário no qual cresce o número de condomínios apenas com portarias remotas ou virtuais, nas quais os funcionários apenas monitoram à distância a entrada e saída dos edifícios, o que dificulta o recebimento do produto em casa.

Leia também: 86% dos consumidores já se comunicam com as marcas via WhatsApp

Além disso, muitos compradores que trabalham em casa têm restrições a serem interrompidos para receber encomendas. “Assim, podem usar a loja física para retirar a compra em um momento mais conveniente, em um prazo menor de entrega e sem o custo de frete”, justificou Patricia.

Serviço em domicílio

A consultora observou também o crescimento de oferta de serviços agregados, que chamou de “venda participativa”, para executar serviços que precisem de mão de obra especializada. “O consumidor pode adquirir pneus novos, por exemplo, e escolher uma rede ou prestador de serviços que realizará a troca em domicílio. Isso vale também para alinhamento e balanceamento, troca de óleo, vela ou lâmpada. Tudo isso pode ser feito na garagem de casa”, explicou.

“Muitos veículos já possuem computador de bordo que fornecem diagnóstico em tempo real. Isso dispensa a consulta a um profissional para a compra da peça, mas não a de um especialista para efetuar a troca. A gente pode agregar esse serviço”, lembrou Patricia.

“Não são apenas os consumidores finais que estão atentos às oportunidades do e-commerce. Mecânicos e donos de oficina também buscam peças e melhores preços”, apontou Patricia. De acordo com os números apresentados, cerca de 80% dos profissionais desse segmento usam a internet e 71% deles se valem da web para trabalhar.

Shopping em casa

Patricia falou ainda dos atributos positivos dos marketplaces na experiência do consumidor, “que têm um shopping sem sair de casa, com oferta de preços menores de peças genuínas ou similares”. Ela lembrou da facilidade que é encontrar e efetuar a compra no universo online e revelou que a expectativa é de que, ao final de 2021, existam 91 milhões de consumidores brasileiros online.

Por Nathalia Barboza, especial para o E-Commerce Brasil