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Não existe migração, mas soma entre mobile e desktop, diz diretora da comScore

“Não dá mais para fazer uma coisa ou outra”. Com essa frase, Luciana Burger, diretora da ComScore Brasil, resumiu o cenário para lojistas que trabalham com e-commerce: trabalhar apenas para desktop significa, segundo Luciana, perder quase metade dos acessos e, consequentemente, vendas.

Durante o segundo dia da Conferência Rio 2016, nesta quarta-feira (9) ela apresentou a palestra “O perfil do consumidor brasileiro e o panorama do e-commerce no Brasil e no mundo”.

Segundo dados da comScore, que trabalha especificamente com tráfego pela internet, não existe uma migração para o mobile e sim uma soma dos acessos por smartphones com o desktop. “O que acontece é que a gente não deixa de usar o desktop, porque ainda precisa. Passamos a acrescentar ao desktop outros devices usados concomitantemente”, afirmou.

Esse novo cenário inclui, cada vez mais, o chamado m-commerce – comércio eletrônico finalizado nos smartphones. Nos Estados Unidos, essa nova categoria tem crescido de forma exponencial – enquanto o e-commerce tradicional alcança 8% de avanço (uma boa estatística, comparada ao varejo total), o m-commerce registrou um salto de 54%.

“O tempo gasto em mobile não é proporcional aos gastos, e não se sabe o porquê”, ponderou Luciana. “A pergunta que o lojista deve fazer é: se a proporção de usuários e tempos é similar à receita que está sendo gerada. Esse é um gap que está gerando discussão nas lojas norte-americanas”, disse.

Especificamente no Rio de Janeiro, o terceiro maior estado com audiência na categoria e-commerce da comScore com 7,8 milhões de usuários únicos, o perfil é quase homogêneo. A maior parte dos usuários é masculina (50,1%), enquanto o grupo com mais engajamento é o de mulheres entre 24 a 35 anos.