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Mobile é aposta de empresas como estratégia de mercado e vínculo com consumidor

Por: Alice Wakai

Jornalista, atuou como repórter no interior de São Paulo, redatora na Wirecard, editora do Portal E-Commerce Brasil e copywriter na HostGator. Atualmente é Analista de Marketing Sênior na B2W Marketplace.

Com cerca de 95% de usuários ativos em grandes metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro, o Brasil é um dos grandes mercados de dispositivos móveis do mundo, de acordo com estudo da Brasscom (Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação).

Mesmo com números tão expressivos e pelo inevitável impacto desta tendência em qualquer tipo de negócio, a multinacional OutSystems aponta que apenas 6% das empresas têm desenvolvedores capacitados para gerir a demanda do mercado.

Em média os usuários passam duas horas e meia por dia utilizando seus smartphones, 80% desse tempo é voltado ao uso de aplicativos. Com o nascimento da era da Economia Industrial Digital, segundo a consultoria Gartner, e visto que os apps contribuem consideravelmente no aumento do engajamento entre as pessoas e a marca, empresas brasileiras buscam investir nessa tecnologia como estratégia para se aproximar do consumidor e fugir do modelo tradicional de negócios – já defasado.

Destacar-se dentre os quase três milhões de aplicativos nas lojas também é um passo importante. A empresa deve ficar atenta a alguns pontos necessários que facilitarão o usuário a encontrar e baixar o aplicativo, como nome, descrição, screenshots das telas do app e keywords. Além disso, monitorar o uso do aplicativo pelos usuários é de suma importância, segundo pesquisa feita pelo Instituto Nielsen em parceria com a Mobile Marketing Association, divulgado em dezembro de 2014, 84% dos usuários de smartphones no país têm até 30 aplicativos no aparelho, mas usam apenas dez.

Existem diversas ferramentas que auxiliam no processo de análise da aplicação e como o usuário se comporta utilizando-a. Com o Google Analytics, por exemplo, é possível ter uma clara visão de como o usuário usa o aplicativo, quais telas e funcionalidades são mais acessadas, a quantidade de usuários ativos, e erros encontrados pelos usuários. Esses gadgets permitem à empresa saber em quais funcionalidades focar o desenvolvimento, quais problemas precisam ser resolvidos rapidamente quais itens da interface podem ser aperfeiçoados.

Saber agradar a gregos e troianos também é uma função indispensável. A cervejaria Heineken, por exemplo, vem testando um APP desde 2013, onde os clientes avaliam o atendimento de bares e restaurantes onde são servidas as cervejas da marca e em troca, somam pontos para trocar por produtos Heineken. A empresa recebeu mais de 200 mil avaliações e reformulou toda sua estrutura operacional, aumentando suas vendas em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Mensurar de maneira concreta os resultados obtidos com os aplicativos pode não ser tarefa fácil para as empresas, mas investir em apps é cada vez mais necessário se elas quiserem acompanhar as mudanças do mercado.

A rede de cafeterias Starbucks, por exemplo, é líder de vendas via smartphones nos EUA, abocanhando 16% do mercado de vendas mobile americano. Seu aplicativo, lançado em 2009, traz funcionalidades que facilitam a vida do cliente, como mostrar o caminho para a loja mais próxima e pagamento através do celular ainda na fila do caixa. No cenário atual é evidente que se trata de um projeto de êxito.

Fonte: Ingresse