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Como e por que os microinfluenciadores podem ser ótima aposta no varejo de alimentos

Por: Giuliano Gonçalves

Jornalista e editor do portal E-Commerce Brasil, possui formação em Produção Multimídia pelo SENAC e especialização em técnicas de SEO. Sua missão é espalhar conteúdos inspiradores.

Não precisa de muito para saber que o lançamento de uma marca nos tempos atuais nada mais tem a ver com o passado. A Lowko, por exemplo, nasceu em 2018, caiu nas graças do público e hoje faz sucesso no digital e nas gôndolas dos supermercados. Como isso foi possível? Segundo Rodrigo Studart, fundador e CEO da marca, “os microinfluenciadores têm papel fundamental nesse crescimento da Lowko. Afinal, são eles que levam o nosso conceito para os seguidores, atestando, inclusive, a qualidade dos produtos”. A seguir, você acompanha o passo a passo da estratégia da empresa, que já utilizou mais de 2 mil microinfluenciadores até o momento!

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No palco do Congresso Grocery & Drinks, Studart reforçou o motivo do uso massivo de microinfluenciadores: awareness! “Eles (microinfluenciadores) ajudam a deixar a marca conhecida. Afinal, fazem divulgações dos produtos, compartilham promoções online… E tudo isso impacta diretamente nosso consumidor final”. De acordo com o executivo, esses influenciadores ajudam, inclusive, no lançamento de lojas, promovendo os pontos de venda e atraindo o público da região.

Toda essa estratégia, entretanto, é realizada com muito cuidado, uma vez que essas pessoas não são pagas para o marketing do produto. “Para fazer com que os microinfluenciadores levem a mensagem do produto, como por exemplo que eles não têm açúcares e possuem ⅓ das calorias de um sorvete tradicional, fazemos um enorme esforço neste approach”. Para tanto, a estratégia é a de levar uma experiência aos microinfluenciadores. Como, por exemplo, entregar os produtos em uma caixa personalizada com manta térmica e gelo seco. “Também incluímos a ação temática que envolve a respectiva promoção, assim como uma carta personalizada, que contextualiza o influenciador em relação ao engajamento”.

Escolhendo a dedo os microinfluenciadores

O passo mostrado anteriormente, segundo Studart, faz parte da segunda etapa do processo. Antes disso, entretanto, existe todo um trabalho que envolve conhecer o perfil do microinfluenciador, a fim de direcioná-lo ao cluster mais indicado — entre os perfis, destaque para pessoas voltadas para fitness, lifestyle (moda, viagem), gastronomia (chefs), alimentação saudável (nutricionistas), entre outros.

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O passo seguinte é medir as ações realizadas pelos microinfluenciadores As “métricas” utilizadas neste caso, segundo ele, é observar se as pessoas fizeram um post sobre o produto (e, principalmente, se explicaram o conceito); se informaram os pontos de compra disponíveis, entre outros. “São dados que nos mostram o quanto essas pessoas se identificaram de fato com o produto”, observou.

Caso o microinfluenciador tenha sido bom, Studart garante que repete o contato com ele e o torna um “embaixador da marca” — conquistam algumas vantagens como receber lançamentos de produtos antes, por exemplo. “É um ponto importante, porque quanto mais genuíno for o post, maior a diferença ele causará ao possíveis compradores. Afinal, passa a ocorrer de maneira natural porque de fato o microinfluenciador gosta do produto e da marca”.

Vantagens e desvantagens dos microinfluenciadores

Para o executivo, as vantagens de se utilizar microinfluenciadores para o engajamento com a marca são muitos, como.

  • Não há pagamento pelo post;
  • Conseguem segmentar bem, entendendo o que fazer para ativar determinadas regiões e público;
  • Levam o consumidor para o digital e aumentam a performance no B2B, deixando a marca mais conhecida.

Como desvantagens, ele cita apenas duas situações:

  • Não é possível medir o retorno financeiro exato, pois não há um cupom específico para saber quanto gerou de venda;
  • não controla a mensagem do influenciador (o que é possível no caso de uma publicação paga).

Intercâmbio entre online e offline

Ainda assim, Studart garante que o microinfluenciador é um agente muito importante para intercambiar o universo digital e físico. Afinal, no online as chances de adquirir feedback do consumidor sobre o produto é muito maior, entendendo os motivos da recompra — ou a falta dela. “Desde o início pensei em um canal digital, porque é um condutor que facilita a experimentação a partir de um influenciador, o que é diferente de um supermercado físico. Pensei nisso justamente para alavancar o físico e o acesso ao consumidor”, encerrou.

Por Giuliano Gonçalves, da Redação do E-Commerce Brasil.