Logo E-Commerce Brasil

Mercado Livre escolhe a Bahia para sediar primeiro CD no Nordeste

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

O Mercado Livre vai abrir na Bahia seu primeiro centro de distribuição fora de São Paulo e o terceiro no Brasil. O novo espaço ficará localizado na cidade de Lauro de Freitas, a 26 km de Salvador. O CD faz parte de um plano de investimento de R$ 4 bilhões que a empresa pretende fazer no Brasil até o fim de 2020.

Sede do Mercado Livre na Grande São Paulo. Imagem: Divulgação

Até então, o Mercado Livre tinha dois centros de distribuição, em Cajamar e Louveira, em São Paulo. O novo CD se enquadra no processo de expansão da capacidade logística da varejista, que nos últimos dois anos vêm aumentando a taxa de produtos que saem de seus próprios centros de distribuição.

O centro terá 35 mil m², com possibilidade de expansão, e capacidade para atender mais de 100 mil clientes por dia. Neste começo, serão 50 funcionários no espaço, podendo chegar a 500 pessoas no auge da capacidade.

Juntamente com o CD, a empresa fará um programa social para educação de 120 jovens da região de Lauro de Freitas, assim como já faz em outros lugares da América Latina, e alguns serão contratados ao final do projeto.

Leia também: Mercado Livre desiste de operações em Gravataí (RS)

Logística própria

Atualmente, pouco mais de 50% do que é vendido pelo Mercado Livre é entregue com logística própria. O objetivo é continuar aumentando esta taxa, segundo informou o novo vice-presidente sênior no Brasil, Fernando Yunes, à Exame. O executivo chegou ao Mercado Livre em maio após mais de dois anos no Sem Parar, de pagamentos por radiofrequência.

Os centros de distribuição são usados para oferecer serviços de logística e entrega aos mais de 11 milhões de vendedores da plataforma do Mercado Livre. Atualmente, mais de 70% dos pedidos que contam com o serviço logístico da empresa já são entregues em até dois dias. Há um ano, a taxa era de 55%.

Além dos centros de distribuição, a empresa planeja terminar o ano com 2.500 pontos avançados de distribuição, espaços menores em que os vendedores parceiros podem depositar a mercadoria para ser entregue pelo serviço próprio do Mercado Livre (chamados de pontos de drop-off, no termo em inglês). O objetivo é melhorar a capacidade logística em outras regiões do Brasil.

Apesar dos avanços em distribuição pelo país, o Mercado Livre segue com a estratégia de não ter pontos de lojas físicas que possam ser acoplados à rede logística.

O Mercado Livre atingiu um terço dos celulares brasileiros, outra marca inédita para a empresa, e acumula hoje mais de 40 milhões de usuários e 250 milhões de produtos. Diante do crescimento na pandemia, anunciou a contratação de mais de 5.000 pessoas na América Latina.

Online chegou para ficar

O avanço da companhia e de todo o e-commerce na América Latina animou os investidores: as ações acumulam alta de mais de 60% no ano na Nasdaq.

Ainda que a pandemia seja um momento específico, Yunes avalia que, mesmo depois que as lojas físicas reabrirem em sua totalidade, o patamar de participação da internet no varejo brasileiro, que chega a 12% agora, não vai retornar aos 6% de antes da quarentena.

No Mercado Livre, após um pico de vendas em produtos de saúde no começo da pandemia, a empresa vem tendo alta em vendas de bens de consumo, cuja oferta foi ampliada neste ano, além de móveis e itens para casa, produtos de ginástica e jogos.

Leia também: Entrega em até 48h em todo o Brasil: quando será possível?

As informações são da Exame