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Mercado Livre confirma invasão de dados de 300 mil usuários

Mais uma empresa foi vítima de invasão de dados nesta semana. O Mercado Livre informou nesta segunda-feira, 7,  que informações de cerca de 300 mil de seus usuários foram acessadas, ao detectar que parte de seu código-fonte foi alvo de acesso não autorizado. Em comunicado ao E-Commerce Brasil, a companhia assegurou que não há nenhuma evidência de que os "sistemas de infraestrutura tenham sido comprometidos ou que tenham sido obtidas senhas de usuário, saldos em conta, investimentos, informações financeiras ou de cartão de pagamento". A empresa faz parte do grupo, ao lado de Itaú Unibanco e Nubank, que tiveram problemas com tecnologia nos últimos dias. Com cerca de 140 milhões de usuários únicos, o Mercado Livre é o maior portal de comércio eletrônico da América Latina.

Ataque hacker

[caption id="attachment_119921" align="alignleft" width="322"] Print de uma suposta conversa do grupo Lapsus$ circula na internet. Foto: Reprodução/WhatsApp[/caption] Além dessas marcas, a Samsung também foi vítima de vazamento de dados no último fim de semana. O grupo de cibercrime Lapsus$ reconheceu a autoria do ataque. Prints de conversas no Telegram do mesmo grupo hacker circularam nas redes sociais nos últimos dias, indicando que o Lapsus$ também estão em posse de dados das empresas MercadoLibre (empresa controladora do MercadoLivre) e MercadoPago, Vodafone (ao que tudo indica, operação de Portugal) e a Impresa (maior empresa de mídia de Portugal). A imagem mostra uma troca de mensagens no domingo, 6, às 21h12, em que o grupo questiona, em forma de enquete, qual das empresas deveria ter o vazamento de dados divulgado. As respostas foram: 52% dos votos para Vodafone, 37% para MercadoLibre e MercadoPago e 11% para Impresa. O grupo publicou ainda um post informando que encerrará a enquete dia 13 às 22h.

Leia o posicionamento do Mercado Livre na íntegra:

"Detectamos recentemente que parte do código-fonte do MercadoLivre Inc. foi sujeita a acesso não autorizado. Ativamos nossos protocolos de segurança e estamos realizando uma análise completa.

Embora os dados de aproximadamente 300.000 usuários (de quase 140 milhões de usuários ativos únicos) tenham sido acessados, até agora - e com base em nossa análise inicial - não encontramos nenhuma evidência de que nossos sistemas de infraestrutura tenham sido comprometidos ou que tenham sido obtidas senhas de usuário, saldos em conta, investimentos, informações financeiras ou de cartão de pagamento. Estamos tomando medidas rigorosas para evitar novos incidentes".