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Mercado Livre estabelece outro recorde e já vale US$ 60 bilhões

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

Na quarta-feira (5), o Mercado Livre estabeleceu outro recorde. Às 11h17 da manhã, as ações da gigante do comércio eletrônico argentina foram negociadas em Wall Street a US$ 1.208 e ultrapassaram uma avaliação de US$ 60 bilhões.

Assim, 21 anos após sua criação, a empresa de Marcos Galperin continua subindo na consideração dos investidores, assim como acontece com as demais empresas globais de tecnologia global, lideradas pelas chamadas FAANG (Facebook, Amazon, Apple, Netflix e Google).

A ascensão do Mercado Livre se deve à ascensão do comércio eletrônico, principal negócio do Mercado Livre nos 18 países em que atua. Começou a operar em escritórios armados em um estacionamento em 1999 e, da mesma origem, começou a se expandir globalmente.

Até agora este ano e depois de cair no início da pandemia de coronavírus, suas ações na Bolsa de Nova York começaram a subir desde 23 de março e acumulam um aumento de quase 99% até agora neste ano.

Em 19 de maio, atingiu o preço de US$ 800 por ação e já estava avaliado em US$ 40 bilhões. Em 6 de julho, as ações ultrapassaram US$ 1.000 e a avaliação de US$ 50 bilhões. Mas a escalada não para e os analistas não são incentivados a prever qual é o seu limite.

O Mercado Livre é de longe a empresa argentina mais valiosa da história. A que mais avançou foi a YPF (Repsol): a companhia petrolífera atingiu seu máximo de US$ 27.307 milhões, em setembro de 2005. Hoje, vale quase 10% desse valor: US$ 2.722 milhões.

Crescimento exagerado do Mercado Livre

Analistas do mercado de ações consideram que o crescimento do Mercado Livre é aparentemente exagerado, mas tem sua lógica.

Hoje, o Mercado Livre é praticamente um shopping online, onde estão instaladas as principais marcas de lojas comerciais de diferentes tamanhos. Seu mercado possui 1.700 lojas oficiais, de supermercados a marcas de roupas esportivas e moda. E a empresa cumpriu plenamente sua visão de que os argentinos podiam comprar algo sem tocá-lo ou experimentá-lo antes.

O Mercado Livre chegou à Nasdaq em 2007, a bolsa de valores onde estão listadas as ações das principais empresas de tecnologia do mundo. E se torna a primeira empresa de tecnologia da América Latina a fazer sua oferta pública de ações (IPO). A Bolsa de Valores de Nova York registrou-a sob o nome “MELI”.

Uma década depois, em 2017, a empresa entrou pela primeira vez no índice Nasdaq100, na lista das 100 empresas de tecnologia com o maior valor de mercado. Ele substitui o Yahoo! Com 46 anos, Galperin também entra no ranking dos mais ricos do mundo, com uma fortuna de mais de US$ 1 bilhão.

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As informações são do jornal Clarín