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MasterCard SpendingPulse: varejo no Brasil segue em queda livre

Por: Eduardo Mustafa

Graduado em 'Comunicação Social - Jornalismo' com experiência em negócios, comunicação, marketing e comércio eletrônico e pós-graduado em 'Jornalismo Esportivo e Gestão de Negócios'. Foi editor do portal E-Commerce Brasil, do Grupo iMasters (2015 /2016), e atualmente é executivo sênior de contas na Gume

O desempenho das vendas no varejo brasileiro continua sendo fonte de descontentamentos, de acordo com o SpendingPulse, relatório mensal da MasterCard sobre as vendas de varejo.

Em fevereiro, as vendas totais (excluindo automóveis e materiais de construção) caíram 2,2% em relação ao mesmo período do ano passado. A média dos últimos três meses foi de -7,6%, ligeiramente acima do quarto trimestre do ano passado, -8,9%. Parte relativa da reação de fevereiro deveu-se ao efeito calendário em fevereiro: um dia extra devido ao ano bissexto.

Artigos farmacêuticos, materiais de construção, supermercados, e bens pessoais apresentaram um desempenho razoável em comparação aos indicadores nacionais das vendas totais. Enquanto isso, roupas, móveis e eletrônicos e combustível estiveram em um patamar inferior.

Por outro lado, o e-commerce teve um aumento de 7,0% em fevereiro em relação ao mesmo período do ano passado, graças, em parte, ao efeito calendário. Vendas online de eletrônicos, produtos farmacêuticos e móveis superaram a média de vendas do canal, enquanto o setor de hobby & livraria e o de roupas ficaram abaixo do crescimento médio do canal.

De acordo com Kamalesh Rao, diretor de pesquisa econômica da MasterCard Advisors, mesmo o ligeiro aumento da confiança do consumidor não foi suficiente para trazer mais vida ao varejo. “O ligeiro aumento na taxa de inadimplência e a redução do crédito, combinados à alta no endividamento das famílias, apontam para uma fraqueza contínua dos gastos dos consumidores”, declarou Rao.

Em março, o e-commerce deve receber o impulso do Dia do Consumidor, o que pode trazer um aumento das vendas no varejo

Regiões brasileiras: As regiões Nordeste (–1,2%), Sudeste (–1,3%) tiveram desempenho acima da média, enquanto Norte (–5,4%) Sul (–4,1%) e Centro-Oeste (–6,5%) ficaram abaixo do registrado pelo varejo, na comparação com o mesmo período do ano passado.