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Marks & Spencer expande presença no exterior com foco online

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

A Marks & Spencer lançará sites em 46 novos mercados no exterior para tentar acelerar o crescimento da divisão internacional em crise há anos, apesar de várias medidas para recuperar os negócios.

A varejista britânica de alimentos, roupas e utensílios domésticos disse que a expansão para mercados como Nepal, Bolívia e Uzbequistão ampliará o alcance online para mais de 100 países de uma forma econômica.

Paul Friston, diretor internacional da M&S, disse que as vendas online para clientes no exterior deram um salto desde o início da pandemia, com alta de 75% apenas no primeiro semestre em meio à crescente tendência de fazer compras em casa. Os novos sites oferecerão uma variedade de roupas e produtos para o lar, com pedidos atendidos por meio da rede de distribuição existente da empresa.

A iniciativa permitirá que a varejista “explore a demanda subjacente nesses mercados sem um investimento inicial significativo”, disse Friston em comunicado.

Menos rentabilidade da Marks & Spencer

Um nome conhecido no Reino Unido, a Marks & Spencer vende tanto online quanto por meio de centenas de lojas em todo o país. Mas a rentabilidade da rede tem caído há anos, afetada pelo fraco desempenho da divisão de roupas e produtos para o lar e mudanças estruturais no mercado altamente competitivo do Reino Unido.

A unidade internacional também mostrou histórico irregular na última década, pois o braço de franquias da marca geralmente registrou desempenho melhor do que as lojas próprias.

Em 2011, sob o ex-CEO Marc Bolland, a Marks & Spencer retornou à França com muito alarde após uma ausência de 10 anos. A empresa abriu uma loja na Champs-Elysees em Paris, que Bolland proclamou como símbolo do sucesso no exterior. Mas, no prazo de alguns anos, a varejista fechou a loja, juntamente com dezenas de pontos de venda com perdas em toda a Europa.

Steve Rowe, o CEO que liderou a reestruturação mais recente, disse em maio que a varejista havia concluído a primeira fase de transformação do negócio internacional, passando da propriedade direta para um modelo de franquia e joint venture. Agora o foco está em “localizar faixas, reduzir preços e desenvolver vendas online globalmente”, disse.

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Fonte: Money Times, com Bloomberg