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Trabalho com marketplaces precisa de equilíbrio e sellers independentes

Por: Lucas Kina

Jornalista e repórter do E-Commerce Brasil

A utilização de marketplaces para ampliação do escopo de vendas e reconhecimento no mercado do varejo, independente do segmento, é uma prática legítima e aplicada por muitos lojistas. Apesar disso, a ideia do seller ser independente e tratar com equilíbrio a relação com este modelo também é defendida.

Durante o Marketplace Conference 2022, Daniel Nepomuceno, diretor de E-commerce do Tenda Atacado, e Umberto Beer, gerente de e-commerce da New Era, apresentaram formas de trabalhar com marketplaces sem depender completamente deles.

A estrutura de empresas, segundo Nepomuceno, se relaciona com três processos: Transformação Digital, Marketplaces e Estratégia. Essa tríade, no final das contas, é o que acaba por ditar os caminhos e a forma de trabalho.

Marketplace - Tenda Atacado
Daniel Nepomuceno, diretor de e-commerce do Tenda Atacado

“Apesar do Tenda não estar em nenhum marketplace, entendo a força e a importância deste modelo para os sellers. É uma forma mais rápida de alcançar digitalização e capilaridade, unindo vendedores e clientes no mesmo ambiente. Mesmo assim, é possível buscar crescimento de maneira balanceada com estratégia.

Atratividade dos marketplaces

O executivo do Tenda Atacado compreende os meios de atração dos marketplaces e, por isso, fala em quatro possibilidades para sellers que prospectam a parceria com a modalidade. Veja:

    Entrar nos marketplaces com estratégias de preços específicos para o canal, montando portfólios voltados a esse universo.

      Ingresso no marketplace mas sem especificar preços para o canal.

        Conhecer preços e políticas comerciais de empresas que atuam no marketplace, mas trabalhar fora delas. É o método aplicado no Tenda Atacado, segundo Nepomuceno.

          Seguir próprias estratégias sem se basear nos marketplaces ou na aplicação da empresa neste âmbito.

          E o futuro?

          Fora das opções citadas, a importância de entender o seu negócio, verticalização e implementação de serviços adjacentes são citadas por Nepomuceno para explicar os processos de transformação digital.

          Até por isso, de forma semelhante e até mais restrita, a New Era também fala em independência ante a entrada desenfreada e sem métricas econômicas nos marketplaces.

          De acordo com Beer, a margem curta de lucro dos sellers deve ser levada em consideração e é, atualmente, um dos problemas para quem busca vender produtos New Era nos marketplaces.

          “Nossos critérios para revenda nestes ambientes é rígido pois queremos o lojista lucrando e com bons resultados. Estar à vista dos consumidores é importante, mas o que vemos é uma dependência do conceito do marketplace.

          Entre os pontos-chave no momento de tratar relações com parcerias, aplicados na New Era: