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Como alavancar o seu e-commerce nos marketplaces

Por: Júlia Rondinelli

Editora-chefe da redação do E-Commerce Brasil

Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero e especialização em arte, literatura e filosofia pela PUC-RS. Atua no mercado de e-commerce desde 2018 com produção técnica de conteúdo e fomento à educação profissional do setor. Além do portal, é editora-chefe da revista E-Commerce Brasil.

Já imaginou fechar centenas de vendas em poucas horas com um baixo investimento? Na prática, isso pode se tornar realidade por meio de um ou vários marketplaces.

A iniciativa surgiu com o intuito de simplificar o sistema de compra-venda ao trazer os benefícios dos shoppings centers para o ambiente virtual. Ou seja, o consumidor tem acesso a vários produtos e serviços de diversas marcas em um único local com apenas um clique.

Já do outro lado da tela, os pequenos e médios empresários conseguem aumentar a credibilidade do seu empreendimento e sua lucratividade.

A estimativa é que em 2020 mais de um quarto da população brasileira fará compras online. No entanto, o crescimento nos marketplaces depende da gestão de cada PME. Diante desta realidade, Thiago Mazeto, diretor de comercial e marketing na Tray, unidade de negócios de plataformas para e-commerce do Grupo Locaweb e parceira dos maiores marketplaces do Brasil, como Amazon, Americanas e Submarino, listou as seis principais dicas para ter sucesso nesta jornada. Confira abaixo:

1. Defina o seu produto

“Para vender em um marketplace, é necessário ter uma estratégia de negócio clara e objetiva. Portanto, o primeiro passo para o ingresso neste ambiente trata-se da definição dos produtos a serem comercializados uma vez que não há gastos com aluguel, decoração, colaboradores e outros aspectos”, explica o especialista em e-commerce.

Nesta fase, é imprescindível avaliar o portfólio da empresa a fim de encontrar itens que consigam destacar-se no momento do anúncio e dentre a concorrência. Lembrando que nem sempre o que vende bem em uma loja física, terá resultados iguais no e-commerce.

Neste processo, também é interessante estudar as plataformas disponíveis para verificar o que as pessoas estão vendendo e qual é o melhor local para integrar a loja em questão de benefícios e público. Depois de consolidar as vendas, é possível investir em branding.

2. Precificação

Em qualquer marketplace, o consumidor pode organizar suas buscas por menor preço e comparar com todas as opções disponíveis. Então, além de produtos e serviços de qualidade, as pessoas também estão em busca de valores que caibam no bolso.

“Neste caso, a atitude ideal é analisar a precificação da concorrência a fim de desenvolver uma margem de preço justa para determinado mercado. No início, talvez seja preciso sacrificar parte do lucro para ganhar relevância e vender mais posteriormente. Dica: promoções são uma ótima forma de se destacar e continuar tendo o lucro esperado. Com uma promoção de R$5,00, o lojista pode vender muitos mais do que o esperado e recuperar o investimento, por exemplo”, revela Mazeto.

3. Ganhe relevância

A construção dos anúncios deve ser feita com calma para agregar valor ao produto por meio de imagens em alta qualidade e descrições detalhadas, o uso do SEO é recomendado para ganhar relevância nas buscas dos consumidores.

4. Seja o seu maior crítico

Tanto na fase de escolha dos produtos que serão vendidos quanto nas operações diárias do e-commerce, o empreendedor deve ser o seu maior crítico. Fazer uma autoavaliação dos produtos vendidos, preços, condições, descrições e imagens é saudável para qualquer negócio.

5. Encante o seu gerente

Quando um e-commerce faz a integração com um marketplaces, o empreendedor ganha um parceiro: o gerente de marketplace. O relacionamento com esse profissional é um ponto crucial para o sucesso da loja, uma vez que ele pode priorizar a empresa quando houver uma boa oportunidade.

6. Encante os clientes

Atualmente, os clientes priorizam experiências de compra personalizadas — o que significa oferecer um atendimento de excelência de ponta a ponta.

Ou seja, compreenda as reais necessidades dos clientes, tenha condições de pagamento flexíveis, não abuse do frete, cuide do empacotamento do produto e do atendimento após a compra e entrega, fidelizando o cliente não só no marketplace, mas no e-commerce da loja.

Entretanto, engana-se quem pensa que o atendimento ao consumidor termina no momento em que ele recebe o produto. “É preciso atrair o consumidor para uma segunda compra. Portanto, envie um cupom de desconto ou comece um relacionamento via WhatsApp ao convidá-lo para conhecer a loja virtual. Outra opção é trabalhar em redes sociais da marca, pois um investimento de R$ 100 pode gerar um retorno de R$ 500”, pontua Mazeto.

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