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2020 ainda não acabou: como o marketing pode ajudar a vender no 4º trimestre do ano

Por: Júlia Rondinelli

Editora-chefe da redação do E-Commerce Brasil

Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero e especialização em arte, literatura e filosofia pela PUC-RS. Atua no mercado de e-commerce desde 2018 com produção técnica de conteúdo e fomento à educação profissional do setor. Além do portal, é editora-chefe da revista E-Commerce Brasil.

“Ainda tem muito o que acontecer em 2020”, começou Luiz Tanisho, VP Global e Country Manager, Rakuten Advertising. O executivo participou de uma palestra online durante o evento The Future of E-commerce Marketing. 

De acordo com os dados da empresa, 69% dos brasileiros não diminuíram os gastos já planejados com compras e datas promocionais desde que pandemia de coronavírus começou.

Pelo contrário: para o comércio eletrônico as compras aumentaram. 86% dos brasileiros agora têm mais probabilidade de comprar online nestas datas promocionais a partir do quarto trimestre de 2020. Além disso, 38% dos brasileiros dizem que estão abertos à publicidade se ela for focada em datas promocionais. Este número é 14% mais alto do que a média de outros países e, segundo a pesquisa realizada pela Rakuten Advertising, somente 6% dos consumidores considera a publicidade irritante.

A pesquisa mostra também os brasileiros parecem mais preocupados em colaborar socialmente (em comparação a outros países). Isso porque 45% compram mais de empresas locais. Tal número é 9% a mais do que a média.

No quesito das compras: ter um cupom ou o cashback influência 50% dos consumidores na hora da compra. Além disso, 43% esperam pelo frete grátis.

Tendo em mente esses dados, Tanisho explicou quais são as tendências que devem ser difundidas entre os lojistas brasileiros no 4º semestre de 2020 para ter sucesso nas vendas:

  • Estratégias de funil com baixo risco e que envolvam os consumidores (YouTube é uma boa ideia neste cenário);
  • Impulsionar compras repetidas para criar lealdade à marca;
  • Conectar online e offline para uma verdadeira experiência omnichannel;
  • Incentivar estratégias pelo celular (aplicativos e usabilidade mobile);
  • Comissionamento dinâmico entre o físico e o digital.

Expectativas para o final de 2020 e começo de 2021

Segundo Tanisho, outro fator relevante é que as marcas hoje em dia não competem mais somente entre as demais da mesma categoria. Qualquer empresa digital que entregue uma boa experiência levanta a expectativa do consumidor. “Não é só sobre os seus consumidores diretos, mas o quanto o consumidor espera de você”, explica o executivo.

Para conseguir aproveitar este período do ano, o executivo ainda deu uma lista de elementos que o lojista precisa se atentar:

  • Imediatismo por parte dos consumidores;
  • Personalização da experiência de compra;
  • Experiência de compra fluida;
  • Acesso do consumidor a marca em qualquer canal;
  • UI intuitivo.

Mesmo com todos estes detalhes, a publicidade brasileira ainda tem muito a crescer. “As expectativas nunca foram cumpridas”, ele explica.

De acordo com um estudo produzido pela Accenture, mais de 60% dos consumidores pararam de consumir pelo menos de uma empresa por causa de uma experiência de compra ruim.

Dessa forma, a publicidade também é um dos elementos que pode gerar frustrações no consumidor, caso a experiência de compra não se realize de maneira positiva.

Existe ainda uma “lacuna”, segundo o executivo “entre a não retenção dos dados e personalização da experiência”. Isso porque muitos consumidores não se sentem seguros ao confiarem seus dados às marcas.

Um estudo da Acquia mostra que 79% dos consumidores globais dizem que as marcas não devem ser capazes de usar dados pessoais para o marketing. Em uma porcentagem semelhante, porém indo em outra direção, 78% dos consumidores globais dizem que seriam mais leais a uma marca que mostrasse que mostre realmente entender e procurar o consumidor.

“Existe uma linha tênue entre a personalização e a invasão da privacidade”, conclui Tanisho.

Confira os slides da apresentação disponibilizados pelo executivo:

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