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Com lojas fechadas, Magazine Luiza tem prejuízo de R$ 64 mi no 2º trimestre

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

O Magazine Luiza registrou prejuízo líquido de R$ 64 milhões no segundo trimestre de 2020 ante lucro de R$ 386,6 milhões no mesmo período de 2019. A empresa cresceu acima do mercado em seu e-commerce, com alta de 181,9% nas vendas online. Mas a queda de 45,1% nas lojas físicas — com 64% delas fechadas no trimestre por causa da pandemia — teve influência no resultado final. Mesmo assim, a empresa conseguiu gerar R$ 2,2 bilhões de caixa e fechar o trimestre com R$ 5,8 bilhões no bolso.

“Esse trimestre foi uma história em três capítulos”, disse o presidente da empresa, Frederico Trajano, em entrevista ao Estadão/Broadcast na segunda-feira (17).

Ele conta que, no início da crise, esperava um impacto ainda maior no resultado da empresa, mas que os números se recuperaram ao longo trimestre. De fato, em abril, o baque foi grande, foram R$ 148 milhões em prejuízo líquido. Em maio, a empresa ficou quase no zero a zero, com R$ 9 milhões negativos. Em junho, houve lucro de R$ 93 milhões.

Magazine Luiza + lojas parceiras

O crescimento também teve a ver com o fato de a empresa passar a processar o pagamento das lojas parceiras, o que antes ficava com uma subadquirente. Tantos recursos devem servir para novas aquisições, seja para avançar em categorias — como a de supermercados —, ou para investir na digitalização dos parceiros por meio de novos serviços do aplicativo.

A empresa diz em seu balanço que o e-commerce formal brasileiro cresceu 70,4% no segundo trimestre, segundo dados da E-bit Nielsen. “O Magalu foi além, cresceu 2,6 vezes o mercado, e assumiu a liderança do e-commerce formal”, afirma a companhia. As vendas do e-commerce representaram 78,5% das vendas totais.

Em julho, o movimento de alta continua. A companhia informou que as vendas totais cresceram 82% em comparação com o mesmo período 2019. As vendas nas lojas físicas cresceram 10% no mês, quando comparadas a julho de 2019, mesmo com a média de 70% das lojas abertas.

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As informações são do Broadcast Estadão